nossos olhos; portal do inferno

Trincando os dentes e nem se sente

Brincando sempre e não se conteve

Passou a bola pro lado errado

Gritou quando era a paz que reinava

Mentiu conhecendo a verdade

Ousou sabendo estar errado

Perdeu o passo e reinventou a dança

Virou lambança e ainda continua ignorância

Ditou o jogo e não jogou

O futuro não existe

O passado foi triste

O presente não resiste

O poeta se inclina

O tempo ficou nublado

Os nossos pensamentos

Estão todos orquestrados

Os nossos sentimentos

Só caminham pra um lado

As possibilidades de realidades diferentes a do chão

Passos largos para qualquer direção

Com as pedras e as canetas nas mãos

Continuo a revolução

Provocando a reação

Natural de evolução

Avançamos para parar

Isso não pode continuar

Não esqueçam da repressão

E tantos outros preocupados com suas próprias satisfações

O pecado é rico de selvageria

O menino acredita naquilo que vê

E tem tanta bobagem para se ver

Os conselhos de sábios que não sabem o que dizer

E quando os olhos não querem mais ser

O portal para o inferno