Perfeito...
Tal qual a sombra, a luz é um momento,
O silêncio é a pausa de um grito,
Translúcido instante que não se toca,
Uma verdadeira metáfora escondida,
Devaneios de uma efêmera lucidez.
Se opostos somos, mesmo assim,
Temos um tom comum... À distância.
Não somos certos ou errados,
Por vezes, somos ambos.
O que os tolos dizem?
Dois corpos não ocupam o mesmo espaço?
Ou não conhecem os corpos,
Ou não sabem sobre espaço.
Para eles perfeito é o máximo do possível.
Enquanto que, para mim, é tudo e ou nada.
Perfeito é a loucura de um são.
Assim também é a inocência,
Sem críticas, sem apego.
Quem veria mais perfeição?
A mente intacta ou a mais sábia?
Quem seria mais perfeito?
Quem não o conceitua ou quem não o procura?
Acomodação? Não. Ventura pura,
Aquela de quem aceita a máxima de Assis,
"Força...
Para mudar o que pode ser mudado,
Paciência...
Para aceitar o que não pode ser alterado,
E sabedoria...
Para saber distinguir entre ambas as condições".