Perfeito...

Tal qual a sombra, a luz é um momento,

O silêncio é a pausa de um grito,

Translúcido instante que não se toca,

Uma verdadeira metáfora escondida,

Devaneios de uma efêmera lucidez.

Se opostos somos, mesmo assim,

Temos um tom comum... À distância.

Não somos certos ou errados,

Por vezes, somos ambos.

O que os tolos dizem?

Dois corpos não ocupam o mesmo espaço?

Ou não conhecem os corpos,

Ou não sabem sobre espaço.

Para eles perfeito é o máximo do possível.

Enquanto que, para mim, é tudo e ou nada.

Perfeito é a loucura de um são.

Assim também é a inocência,

Sem críticas, sem apego.

Quem veria mais perfeição?

A mente intacta ou a mais sábia?

Quem seria mais perfeito?

Quem não o conceitua ou quem não o procura?

Acomodação? Não. Ventura pura,

Aquela de quem aceita a máxima de Assis,

"Força...

Para mudar o que pode ser mudado,

Paciência...

Para aceitar o que não pode ser alterado,

E sabedoria...

Para saber distinguir entre ambas as condições".

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 16/09/2014
Reeditado em 16/09/2014
Código do texto: T4964752
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