"Calem-se"

Os deem um pouco mais de teto, pois alguns tem sangrado sobre a terra que as urinam. Não ache exagero, pois o chão pode ser quente numa tarde corriqueira, mas a noite, além de fria, fede!

Esse presente não me descreve, mas a hipocrisia que a ronda me persegue!

Possa ser que eu seja tão ruim quanto ''você'', que discute cor, religião, até mesmo TV; Um desses fanáticos adoentados por uma inverdade única, que insiste em tornar verdade para todos que os circundam.

Não preciso ser cristão para amar,

Tão quão espírita para sonhar,

Quiçá, preto para cantar;

Dirão branco para reinar,

Pardo na terra de Jah;

Comum, queridos, apenas um amontoado de carne apodrecida pelos boatos que dizem, “alimentar”;

Alimento de cães selvagens, de uma vida constituída sobre a desordem da sabedoria.

Pois aqui, sei que nada sou, além de mais um, que sofrerá pelos perjúrios de um presente podre, putrificado pela junção dos egoísmos contornados por ambições.

Calem-se, odeiem-se em silêncio, se estourem por dentro, mas calem-se!

Há dores, a que sinto e a que faço sentirem;

Sangue, os que se derramam sobre as calçadas e os nossos, sugados por votos;

Guerras, as que criam pelo poder e as que os destroem pelo prazer;

Gangues, as que matam e as que ditam a morte;

Tráfico, os que dilaceram e os que trafegam sobre o porte,

De armas!

Algumas que matam com um disparo, outras com a pólvora da ignorância.

Calem-se, pois pretendo morrer com a mente intacta, livre das profecias diárias que um dia criaram, sejam felizes e as engulam, no entanto, não as profiram como verdades,

Pois, a única que conheço, é a do respeito e esta, mataram!

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 15/09/2014
Reeditado em 15/09/2014
Código do texto: T4962882
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