O PORQUÊ DE ESCREVER...
No substrato em que se escreve nem todas as letras são visíveis. Algumas, por exemplo, deixam marcas apenas no papel da alma e, por isso mesmo, elas nunca são lidas e contadas – como se fazia em épocas passadas. No entanto, escrever será sempre a opção mais saudável para se sentir capaz de recuperar-se de algum trauma, pois quando se consegue concatenar ideias com palavras escritas o subconsciente libera o necessário para uma sobrevida, mesmo que ela esteja – ou venha a ser – pautada na mais ínfima das esperanças e vontades de vir a ser. Desta forma, o alicerce chamado coragem age como se fosse um imperceptível ponto a ser conquistado, mesmo que ele demore – palavra por palavra – a ficar pronto em seu texto final. E é através desse alicerce que criamos nossas fortalezas contra aquilo que nos amedronta e, embora a coragem ainda ande longe – não a coragem física, mas a coragem do reagir através daquilo que é mais forte do que qualquer arma: a palavra – precisamos criar fundações em torno de nossas linhas e opiniões. Portanto, o mais certo é escrever e dizer por caminhos plausíveis o quanto é de nós o desejo de nos encontrarmos, de sermos história, compreendidos e perdoados, ainda que – no impróprio dos desalinhos das concordâncias – cada palavra escrita represente o universo de cores, de sujeitos, verbos e adjetivos que costumamos dizer uns para os outros e aí, sim, todos os textos terão sentido e formarão – não idas e vindas sem coerência e coesão – contextos em que cada parágrafo terá consistência e a história final apresentará – além de início, meio e fim – caminhos para que recobremos a paz e a vontade de vivermos sem perdas e, principalmente,sem medo de reescrever a história.
Lançamento do meu 2º livro
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