Quem somos nós pra julgar?
>>> em 1 CO 6 fica CLARO que há um tipo de julgamento ORDENADO aos cristãos: alguém que decida entre duas partes por uma situação conflituosa de qualquer teor. Nesse aspecto o cristão DEVE julgar.
>>> em 1 Co 10:15 então fica CLARO que julgar é um EXERCÍCIO DA FÉ CRISTÃ, mais uma vez ORDENADA pela Escritura. Visto que a fé não está sujeita a quaisquer doutrinas que ouçamos, mas no muito refletir sobre elas, com resguardo da coerência com o texto sagrado.
>>> em 1 Co 14 fica completamente claro que até mesmo profetas e suas profecias devem ser JULGADOS por questão de ordem e por questão de coerência do que é dito.
>>> em Mateus 7:1-2 fica muito, mas muito claro mesmo, que há UM TIPO de julgamento que com certeza não se deve fazer, por pura coerência: o julgamento hipócrita. Não há quaisquer indícios nesta passagem que indique o "julgar" de forma genérica, o texto evidencia pelos seus próprios exemplos que o julgamento em questão é o julgamento hipócrita. Enquanto as inúmeras outras passagens falam sobre julgar segundo a reta justiça, julgar com sabedoria.
A mensagem do Evangelho parte do princípio de que o pregador é também pecador. Portanto, o cristão deve esperar ser julgado na mesma medida que mede quando prega o Evangelho, pois sem isso a mensagem é hipócrita.
Vejo muito sentimento humano ao se interpretar "não julgueis" como "não diga que o outro está errado", pois, além dessa não ser a prerrogativa da passagem, é claramente exposta uma sensação de imaturidade e insegurança por parte de quem se defende dessa forma. Isso é sentimento humano, sem maturidade cristã e sem coerência bíblica.
Quem somos nós pra julgar? Alguém pergunta. E Paulo responde com um tapa na orelha: "Vocês não sabem que os santos hão de julgar o mundo? Se vocês hão de julgar o mundo, acaso não são capazes de julgar as causas de menor importância?" (1 Coríntios 6:2).