Lágrimas de uma inexistência...
Lágrimas escorrem dos meus olhos,
No começo, lentas
Aos poucos não enxergo mais nada a minha volta
Um mar em tormentos
Cachoeira de água salgada
Percorrem meu pescoço e chegam aos meus seios
Essa tortura da procura, do não saber
Invade toda minha existência
Quero regredir, voltar ao útero
Ser um aborto espontâneo
Não mais viver
Inexistência
Não mais querer
Não sentir dor
E, finalmente
Não mais
Sonhar...