Lágrimas de uma inexistência...

Lágrimas escorrem dos meus olhos,

No começo, lentas

Aos poucos não enxergo mais nada a minha volta

Um mar em tormentos

Cachoeira de água salgada

Percorrem meu pescoço e chegam aos meus seios

Essa tortura da procura, do não saber

Invade toda minha existência

Quero regredir, voltar ao útero

Ser um aborto espontâneo

Não mais viver

Inexistência

Não mais querer

Não sentir dor

E, finalmente

Não mais

Sonhar...

Maria Aparecida A da Silva
Enviado por Maria Aparecida A da Silva em 12/09/2014
Código do texto: T4958720
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