Banquete

Nunca perdia o desjejum matinal

Saboreava idéias, devorava sonhos

Se empanturrava com elogios

Degustava doces favos dourados de esperança

Tomava uma xícara bem quente de paixão

Acompanhado de seu folhetim favorito de tragédias

No almoço enchia o prato com porções de contentamento

Três colheres de sopa de sorrisos

Religiosamente uma pitada de saudade

Uma jarra de 1 litro de suco de coragem pra desentalar

E se sobrava pedia pra embalar pra viagem

Na janta deleitava-se com gosto!

Com cachos de curvas, maçãs coradas

Pêssego de pele macia suada com gotas de orvalho

E algumas taças de embriaguez do melhor vinho da casa

Era um glutão, se lambuzava

Qualquer refeição era necessidade

Não se importava com indigestão

Contanto que não fosse pra cama de estômago vazio.

Kajuuh
Enviado por Kajuuh em 07/09/2014
Reeditado em 06/10/2014
Código do texto: T4952406
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