ÚLTIMA GAVETA

Ainda resta uma última gaveta

Que ainda permanece trancada.

Ando pelos cômodos da casa,

Olhando de relance pra ela

E me determino

A acabar com essa agonia.

A chave está ao meu alcance...

Me aproximo, as mãos tremem,

Coração aos saltos, respiro profundo...

Lenta e silenciosamente abro.

Torvelinho de emoções afloram

Quando vejo novamente os objetos

Que ainda cheiram a perfume...

Pego um deles como se fosse santo,

Encosto em meu peito por alguns minutos.

Preciso disso para realçar minha coragem.

Jogo tudo, objetos e lembranças no lixo.

Sinto aos poucos me invadindo um certo alívio.

Abro as janelas para arejar tudo e que a brisa traga

Novos aromas de flores e renovação, é isso!...

Denise Flor©

Denise Flor
Enviado por Denise Flor em 06/09/2014
Código do texto: T4951256
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