Os prantos de uma vida à toa

Não, homens não choram!

Mas quantas vezes já chorei na imensidão escura do meu ser

Nas horas livres de investigação da alma;

Na fatia triste de algumas canções de Pink Floyd;

Como não chorar com “wish you were here”

Nas próprias cenas acidas do filme “O império do sol” onde o valente

Garotinho com seu kadilac prata caçando a porteira de sua gaiola.

E como o valente garotinho do filme aprendo uma nova palavra todo dia ponho-as em práticas e sufoco a mim mesmo aprendo a sonhar desaprendendo a viver; sou ilustrador do tempo incomum, incabível em mim mesmo corro todos os dias para o ponto de partida o tiro não soa, então retorno ao santuário dos sonhadores. Um dia era manhã ensolarada um passarinho apossou-se de mim, Mas não era nada, avisou-me que para possuir asas era preciso saber equilibrar-se nas alturas do mundo. Um dia eu chorei, era noite de lua um cisco estelar entrou em meus olhos Eu todo alumbrado naveguei em prantos. O imaginário transgredindo alavancando as horas, trabalhando sem cessar. O mundo a dois passos da destruição e um homem não pode chorar. Um pedaço de mim ainda é pranto o outro é solidão dos espaços que ainda não construir.

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