RUAS E VIDAS
Vejo o redor como se movimenta. Vejo o redor como se comporta. Rogo pela minha vida e família, rogo para que o elo continue forte e unido e não se rompa com o passar do tempo. Rotativo, circular, passageiro, vejo expressões faciais, vejo expressões corporais. Parecem tanto ao agirem, são novos quando se ferem, parecem tanto ao serem confrontados, fazem quase tudo para continuarem de pé. Sobrevivência incessante, vida boa pra quem respira já é, terrenos físicos querem conquistar sem se atentar, terrenos celestiais esquecem que existem, carne precisa ser saciada, alimentada. Nas ruas outros atos, outras volúpias outros traumas, andam em bandos, respeitam depois rebelam, mudam com a lua cheia, mudam com o sol e com a chuva. Conversam, murmuram, gritam, invadem espaços se precisar, afim de serem vistos e bem aceitos naqueles grupos bem falados. Vida bela pra quem enxerga, vida bela pra quem abraça e tem com quem dividir. Pecados próprios deste ser, destes das ruas, das casas e das igrejas, reagem de forma comum, selvagem, calculada, perdida,ao saberem que a verdade foi manipulada e espaços próprios agora já são invadidos. Verdade que salva e livra do mal, tão bom quando se encontram e tornam em quem és, mostram vida como ela é, sem vergonha e sem pretextos.