"Ajuda-te que eu te ajudarei"
É lendo que se aprende a ler. É escrevivendo que se aprende a escrever. E a reescrever. E a reler. E a perder a inocência -- aquela, em péssimo sentido, a falta de consciência, de desconfiança da maldade do mundo -- dos que acham esse mundo um marzinho de rosas lindas e cheirosas.
Não escrevo autoajuda, até porque o que eu escrevo não ajuda em nada. Livro de autoajuda, sabe-se bem, ajuda -- e muito! -- quem os escreve para vender.
O que eu escrevo, como eu mesmo acabo de dizer, não ajuda em nada. Ajuda, sim, a me desvencilhar de certas cargas. E a quem lê e se identifica com meus textos. E quem lê me ajuda a escrever sempre mais.
Muitíssimo obrigado, leitor fiel, visitante leitor, pelo Carinho de tuas palavras abençoadas de sempre. A gente vai se ajudando uns aos outros nessa brincadeira de ler, não?
Pois não: voltemos. É escrevivendo que se aprende a escrever. Saber disso ajuda, sim, e muito. Ao nos entregarmos àquela atividade complexa, que requer muito de nós mesmos, como os nossos estudos, por exemplo, notamos essa ação que da forma ao nosso eu interior. Uma vivência nossa que lê, fala e escuta. E escreve. E marca nossa alma. E a de outras pessoas... E por outras, ainda, é marcada. Nossa! Que processo místico esse -- sem ironia. Eu disse místico, não? Sim, "místico". Mas o fiz sem maldade.
Agora que você leu isso, como se vê ante a si mesmo(a)?