Um fato muito bacana dessa sexta vem tentar propor um freio a uma atitude vergonhosa a qual permite uma compreensão bastante negativa sobre a civilização formada por nós.
 
O fato legal traz a Lindona da Bahea (pronunciar BAÊA).
Eis a nova mascote, ou melhor, mascota do Tricolor de Aço.
 
A simpática Lindona da Bahea chega em ótima hora.
Salvador é a cidade que mais possui negros (apenas cidades africanas possuem mais negros), o tradicional Super-Homem, representando a força e garra do nosso Bahia, merece uma folga e é gostoso mostrar ao mundo a grandeza dos negros, os verdadeiros heróis brasileiros.
 
O fato coincidiu com mais uma lastimável manifestação racista nos campos de futebol. Na quinta, o jogador Aranha, do Santos, sofreu atos da barbárie preconceituosa quando escutou vários torcedores gritando “Macaco!”.
A foto de uma torcedora correu a net. Uma moca tão bonita (que ficou tão feia) pronuncia a palavra “macaco” expressando uma ênfase a qual desperta medo.
 
Por que medo, Ilmar?
Eu confesso a vocês que sempre fiquei indignado com a “papagaiada” dos livros e conferindo os passos tecnológicos da humanidade.
 
Primeiro, eu fui obrigado a crescer escutando contos fantasiosos que, entre outras coisas, declaram que outrora caiu um meteoro o qual extinguiu os dinossauros os quais habitavam a Terra ou escutei uma ladainha estúpida comemorando, em 1969, um pouso na Lua, o nosso inspirador satélite natural.
Inverdades repetidas com tamanha habilidade que farão os leitores ficarem aborrecidos constatando o meu ceticismo.
 
Esquecendo as fábulas dos tolos, hoje existe o celular, cada vez mais rasgando horizontes, fazendo cessar todas as distâncias, realizando mil proezas, criando a forte ilusão de que não podemos viver sem essa porcaria.
 
Asseveram também que a inclusão digital será o instrumento o qual revolucionará a nossa Educação falida, totalmente abatida.
 
Ah! Eu sinto medo, estimados amigos, queridas amigas!
 
Vários atos de racismo, nesse instante a guerra devastando a Síria e rebaixando a dignidade já perdida, outros conflitos ocorrendo, pouca esperança se pretendemos homenagear homens pacíficos, lágrimas aumentando, o otimismo começando a virar uma vã fantasia, alguém distraído verificando agora quem o adicionou no Face...
 
Tenho medo de necessitar reparar o meu enorme fracasso.
 
Peço perdão! Muito estúpido eu fui!
Eu acreditei que era possível refletir, imaginei poder desvendar os segredos da vida, sonhei transformar o planeta usando versos bonitos, sedento bebi as metáforas, abracei fascinantes figuras de linguagem percorrendo a estrada do engano, chorei enquanto lia poemas geniais e esperei, um pouquinho talvez, construir um mundo melhor.
 
Percebo que fracassei, tombei, deslizei confiante demais, pois a minha presunção impediu enxergar a dura verdade desafiando os meus olhos bobos e inocentes.
 
* Nesse exato momento profundo alento, generosa mão de Deus, o Pai, conforme as palavras do doce Rabi da Galiléia, veio me visitar.
 
Sorrio apoiando a ação do adorável Esquadrão.
 
A Lindona garante que não desistirá.
Descontraída e deslumbrante, ela afirma que jamais fracassará.
A animada mascota do Bahia sugere um recado eficaz de mudança.
 
Propõe renovar o pensamento, as reflexões, o sentir e, principalmente, mudar o sentido da nossa jornada, até o momento, repleta de frustrados desafios e tremendos vazios os quais jamais poderemos superar se a humildade e o amor não guiarem os nossos inquietos corações.
 
Um abraço!

 
Ilmar
Enviado por Ilmar em 30/08/2014
Reeditado em 30/08/2014
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