PESSOAS BELAS

Pessoas belas que vi na praça,

Desse lugar pacato, donde moro,

Que atraem o olhar de quem passa,

Até mesmo eu passando, paro e demoro.

Distraído com a gota da beleza angelical.

Que sobre tais rostos, caiu em detalhes,

Profundo como a mão do artista os entalhes,

Onde estampa ao sobre natural.

Rapazes e moças de olhos azuis celeste,

Outros espelham o fundo campestre

De uma planície verdejante,

Tingidos de uns poucos tons do céu,

Dourados cabelos, qual toque d’ouro de um anel.

Eu passo, vou embora meu caminho,

Portanto continuo lá ainda na lembrança,

Tendo dos rostos belos, a semelhança,

Levando pra casa de cada detalhe, um pouquinho.

Sendo que os tais não são belos só de rosto,

Sim também, de alma e coração,

É o que desperta o poeta na emoção,

De escrever, de viver e ter um gosto.

De ser diferente no mundo,

De um jeito diferente de apreciar,

As criaturas e leva-las no papel e rabiscar,

Linhas em brancas, sem assunto.

Sem um despertar, talvez sem interesse,

Por sei que ninguém dá importância,

Ou porque estão mergulhados na ganancia,

Ou porque abraçam o mundo como se não morressem.

Autor; Gionaldo S.Lopes