SOBRE A MORTE...
Penso que a primeira condição para não vivermos para a morte é, parafraseando o jornalista Mário Gérson, “inventar coisas para fugir dela”, embora saibamos que isso é praticamente impossível. Começamos a morrer, pois, ao nascermos. Mas, se o futuro é de morte, por que então não morrermos da melhor maneira possível? E como é morrer da melhor maneira possível, se a morte é, em si, algo que não queremos, não aceitamos e lutamos a vida inteira para ela não nos levar? A resposta está, parece-me, em morrer aproveitando a vida e não acelerarmos a vida para encontrarmos a morte como, por exemplo, morrendo de depressão, de angústia, de sofrimento, de hipertensão, de ansiedade e nos lamentando porque nascemos. Desta forma, penso que a morte se torna mais leve, mais humana, diria até mais gentil, para quem está vivo.
Por outro lado, será que a morte é uma invenção criada pela nossa mente? Aquela que não conhecemos e que nos leva, de vez em quando, para lugares que, se formos contar, diriam que estamos loucos? E se for assim, se a nossa mente já estiver ligada à exterioridade de nossa realidade, em algum plano que desconhecemos, e infantilmente a descrevemos como a morte? Se assim for, a morte não é nada mais do que apenas uma condição de sentido exterior colocada pela nossa mente como uma passagem sem grandes alardes e sem a ruptura que nos faz refletir sobre o sentido de viver com pensamento de que o futuro é a morte...
Decerto, ainda que tudo possa ser explicado pela lógica, infelizmente, até hoje, ninguém que já tenha feito a passagem voltou para dizer se é verdade que a morte acontece de fato. Sim. Embora o ser se acabe fisicamente, quem garante que isso é morte? Será que, de fato, existe separação entre corpo e alma? Ora, se fizermos uma analogia entre essa dicotomia do nosso ser (sem levar em conta o espírito), veremos, de cara, uma contradição: como pode algo que é uno ser dividido em dois (corpo e alma) – ainda mais se analisarmos que o pensar (imaterial), que é mente (consciência e subconsciente), comanda a parte física (corpo) e dá sentido a tudo que o envolve –, seja ele concreto ou abstrato?
Só nos resta então a perplexidade complexa das conjecturas e subjetividades inerentes ao pensar, que tanto pode nos dar a sensação de derrota na vida – levando-nos para a morte –, como pode nos dar a vitória contra a morte – trazendo-nos para a vida plena, independente de que exista vida após a morte ou que a vida não aconteça nesse plano, mas no plano após a realidade interior de cada um, em realidades externas que podemos pensar como sendo planos distintos, cada um deles subsequente ao outro.
Por fim, essas incertezas são, na verdade, o prazer de viver. Não saber nos leva a fazer, a querer, a conquistar, pois se existe um futuro chamado morte, antes que ele chegue, existe um presente chamado viver.
Imagem da Web
Por outro lado, será que a morte é uma invenção criada pela nossa mente? Aquela que não conhecemos e que nos leva, de vez em quando, para lugares que, se formos contar, diriam que estamos loucos? E se for assim, se a nossa mente já estiver ligada à exterioridade de nossa realidade, em algum plano que desconhecemos, e infantilmente a descrevemos como a morte? Se assim for, a morte não é nada mais do que apenas uma condição de sentido exterior colocada pela nossa mente como uma passagem sem grandes alardes e sem a ruptura que nos faz refletir sobre o sentido de viver com pensamento de que o futuro é a morte...
Decerto, ainda que tudo possa ser explicado pela lógica, infelizmente, até hoje, ninguém que já tenha feito a passagem voltou para dizer se é verdade que a morte acontece de fato. Sim. Embora o ser se acabe fisicamente, quem garante que isso é morte? Será que, de fato, existe separação entre corpo e alma? Ora, se fizermos uma analogia entre essa dicotomia do nosso ser (sem levar em conta o espírito), veremos, de cara, uma contradição: como pode algo que é uno ser dividido em dois (corpo e alma) – ainda mais se analisarmos que o pensar (imaterial), que é mente (consciência e subconsciente), comanda a parte física (corpo) e dá sentido a tudo que o envolve –, seja ele concreto ou abstrato?
Só nos resta então a perplexidade complexa das conjecturas e subjetividades inerentes ao pensar, que tanto pode nos dar a sensação de derrota na vida – levando-nos para a morte –, como pode nos dar a vitória contra a morte – trazendo-nos para a vida plena, independente de que exista vida após a morte ou que a vida não aconteça nesse plano, mas no plano após a realidade interior de cada um, em realidades externas que podemos pensar como sendo planos distintos, cada um deles subsequente ao outro.
Por fim, essas incertezas são, na verdade, o prazer de viver. Não saber nos leva a fazer, a querer, a conquistar, pois se existe um futuro chamado morte, antes que ele chegue, existe um presente chamado viver.
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