A Persistência da Memória

O desespero está estampado em minha face.

Ando pelas ruas como se andasse por um sonho, a forma dos objetos são como as pinturas de Salvador Dali.

Passos leves, mãos suadas, um grito preso na garganta quase que um choro, se transforma em um ruído surdo. Porque, mesmo sentindo o cheiro do almoço de domingo, ninguém está pintando o cenário com um sorriso colorido, nem lambuzando os lábios com um saboroso macarrão.

O relógio me engana e me surra, controlando o tempo. Tempo que escorre, derrete, se afoga e me prende dentro de um formigueiro pulsante, nele sou migalha de pão.

Gabriela.M.S.Leite

22/08/2014

Gabriela Martins
Enviado por Gabriela Martins em 22/08/2014
Reeditado em 22/11/2024
Código do texto: T4932698
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