Prisão mental

Quanto mais Zazá mergulha em seus pensamentos, mais sente que precisa adentrar com tudo nesta empreitada dolorosa feita de sentimentos que imperam, minando a razão, migrando-a para um vazio tão grande que se sente incapaz de sair dele. Chega a pensar que a saída não existe, e que tudo o que construiu foi a partir de escolhas que não eram suas essencialmente, mas de uma parte de si que abomina a essência e os reais desejos que lhe imperam na alma.

Por quê? A resposta não é simples nem definitiva, mas perpassa pela abominação de um eu puro e de uma biografia, para ela, irrelevante. Um ego absurdo que, de fato, adoece-a e prende em um abismo profundo e sem perspectivas.

Que Deus proveja mudanças e retornos misteres sem dor, pois prefere a morte a ter de pagar o preço.

E quem não prefere?

Quanta prepotência sua imaginar que Deus está somente ao seu lado...

Sua arrogância fede longe.

Isa Resende
Enviado por Isa Resende em 19/08/2014
Reeditado em 19/08/2014
Código do texto: T4929443
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