Do alto da maturidade

A medida em que vamos sendo experimentados durante o trajeto da vida, perdemos aquela coragem ingênua que nos impulsionava e nos fazia querer desbravar os sete mares da vida sem medir os seus perigos e consequências. O coração vai sentindo fastio e o corpo vai se cansando das aventuras lúdicas e intensas, porém efêmeras. Chegamos num trecho onde ficamos fadigados e ofegantes existencialmente. Então, do alto de nossa experiência, vai florescendo ternura na alma e inevitavelmente ficamos mais sensíveis, daí passamos a não resistir mais a beleza terna do nosso lugar de pouso e nem a simplicidade das coisas que nos promove paz e repouso.

Dário Souza
Enviado por Dário Souza em 09/08/2014
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