Palavras tortas, não mortas!
Escrevo em linhas trêmulas,
Contextuo em palavras tortas,
Não mortas!
Penduradas no candelabro,
Vão e voltam, misturam,
Medos e desejos...
Eu não tinha uma luta,
Secreta para viver,
Eu não tinha sacrifícios,
Ou doações,
Eu absorvi certa raiva,
Um buraco existencial,
Que engoliu-me...
Tenho as armas, munições,
Sou crua para usa-las,
Desisti por anos,
Desestimulei-me...
Não ouço os gritos deles, mas,
Eles estão vivos!
Treino meus instintos,
Minhas emoções,
Choro seus lamentos, suas dores,
Peço perdão, pelo tempo...
O alarme vermelho soa, eu vou,
Ao seu encontro, meu querido,
Você é um pouco de mim,
Sou humana como você!
Vamos, florescer pela arte...
Desenvolver...
Re-significar o seu fazer...
(Eu digo: o copo está meio cheio!)
E se, eu tiver recaídas,
E perder metade da minha fé,
Conto e reconto, as linhas,
As palavras tortas, não mortas,
Reavivando-me!