Palavras tortas, não mortas!

Escrevo em linhas trêmulas,

Contextuo em palavras tortas,

Não mortas!

Penduradas no candelabro,

Vão e voltam, misturam,

Medos e desejos...

Eu não tinha uma luta,

Secreta para viver,

Eu não tinha sacrifícios,

Ou doações,

Eu absorvi certa raiva,

Um buraco existencial,

Que engoliu-me...

Tenho as armas, munições,

Sou crua para usa-las,

Desisti por anos,

Desestimulei-me...

Não ouço os gritos deles, mas,

Eles estão vivos!

Treino meus instintos,

Minhas emoções,

Choro seus lamentos, suas dores,

Peço perdão, pelo tempo...

O alarme vermelho soa, eu vou,

Ao seu encontro, meu querido,

Você é um pouco de mim,

Sou humana como você!

Vamos, florescer pela arte...

Desenvolver...

Re-significar o seu fazer...

(Eu digo: o copo está meio cheio!)

E se, eu tiver recaídas,

E perder metade da minha fé,

Conto e reconto, as linhas,

As palavras tortas, não mortas,

Reavivando-me!

Danielebianca
Enviado por Danielebianca em 08/08/2014
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