A louca...
Eu não entendo nada de mim... Por que tanta vontade de ganhar o mundo pra descansar em alguém? Eu sei muito bem que desaprendi a ficar, não sei ficar! Tenho medo desse desprotegido e frágil que quer porque quer morar dentro de mim. Quem ele pensa que é? Como ele pode saber mais de mim do que eu? Não, ele não sabe, não sabe não. E essa calma desassossegada que pairou sobre mim como nuvem? Ela não me lembra os dias cinzentos, tão pouco raios de sol. To cansada de carregá-la como um guarda- chuva desnecessário. O que eu gosto mesmo é de banho de chuva, banho de sol, um papel, uma caneta e o vinho que embriaga a alma e traz sentido as palavras engarrafadas. Eu gosto de gente, de mato, de chão molhado e estórias pra contar. Estou quase em pânico! E com sede e fome de amor, de amar...
Sou uma louca perdida nas palavras que moram na minha janela. Sei lá...