Das antíteses e paradoxos de mim...

Posso até parecer

complicada,

desajustada,

radical.

É que às vezes

penso muito,

falo pouco

e no pouco que falo

muito digo.

Sou intensa

como um vulcão

e fria

como as geleiras.

Tranquila

como um pássaro,

tempestiva

como um tornado.

Não esqueço facilmente

uma ofensa,

mas perdoo

sempre

e não firo

com a mesma espada.

Não aprecio disputas irrelevantes,

mas não desisto fácil.

Quantos me quiseram arrastar

para o campo de batalha

e nele, sozinhos, se sufocaram

em suas próprias frustrações.

Choro pouquíssimas vezes

e nunca me arrependo

de ser idiota

por alguns minutos,

prefiro a lucidez

da fragilidade

do que a ilusão

da força absoluta.

Já me tentaram descrever

e fracassaram na tarefa,

pois pra se entender alguém

não é necessário muito raciocínio,

só um pouco de sensibilidade.

A alma das pessoas estão expostas

à violência do julgamento

de quem não tem capacidade

de sentir sua vibração.

Ninguém é totalmente forte

ou totalmente fraco,

num dia podemos ser água corrente

e no outro fogo consumidor.

Tudo vai depender das circunstâncias,

não da nossa vontade.

O que mais me atrai

são as complexidades,

não suporto coisas rasas,

me rendo à águas profundas,

porém me deleito nas margens tranquilas...

Não guardo fórmulas à sete chaves,

meu segredo é não ter segredos,

porém o que eu escondo,

ninguém acha...

Não faço questão de ser o centro dos olhares,

tenho muita fome de seguir em frente,

não observo o passado por muito tempo.

Se minha pressa me fizer cair no precipício,

sei que asas eu tenho, é só abri-las...

Se o vento soprar contra,

bato-as mais forte,

tempestades não duram para sempre.

A única coisa que me importa

é ouvir a voz que nunca se cala

dentro de mim,

não é minha razão,

é meu coração

que bate

involuntariamente,

guiado por Deus.

Daí a minha força!

Daí o meu "diferente".

Não me convém ser igual,

não me ajusto aos moldes perfeitos,

não me moldo à meias verdades

ou a meio sentimentos.

Sou um novo caminho nessa velha estrada.

Não exijo perfeição de ninguém,

não seria justo querer algo

do que não posso oferecer.

Porém, da sinceridade e do amor pleno,

desses?

Eu faço questão!

Rose Sousa
Enviado por Rose Sousa em 02/08/2014
Código do texto: T4906313
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