Uma dose de amor, sem clichês, por favor!
Eu sempre fui deste tipinho bobo que se apaixona por qualquer sapo. E nem precisa se fantasiar de príncipe, porque esse meu coração lesado bate mais rápido após um olhar, um sorriso, uma frase bem dita, um SMS inesperado ou um convite para, sei lá, jogar dominó na praça. Como se não bastasse, eu tenho a terrível mania de ser mil vezes mais intensa do que deveria. Por mais que eu tente, não consigo acreditar nessa coisa de 'metade da laranja', porque, pra mim, todo mundo é completo e só precisa de alguém que sirva de complemento, aquele cubo de gelo que faz o vinho transbordar a taça. O meio termo nunca me satisfez e nunca vai me satisfazer: se for pra chorar, que derrame rios de lágrimas; se for pra rir, que seja aquela gargalhada alta que ecoa no ambiente por alguns minutos; se for pra amar, que seja da forma mais íntegra possível.
Não adianta vir com essa historinha de aliança de ouro, buquê de rosas e 'Fulano mudou seu status para em um relacionamento sério com Fulana' se o sentimento não for intenso, porque o tal relacionamento vai ser menos sério que qualquer filme de comédia e mais curto que a vida de um efemeróptero. Comigo tem que ter olho no olho, amor próprio, mais amor que mimimi, coração fora de ritmo e uma boa dose de paciência para suportar minha TPM e a minha chatice crônica. Se não for assim, me desculpe, mas nós vamos continuar sendo só amigos, ou nem isto. E nem adianta dizer 'mas você disse que estava apaixonada', pois paixão é uma coisa e amor é outra bem diferente (caso fossem iguais, agora eu provavelmente estaria casada com um cupcake ou com a voz do John Mayer).
Não se assuste e não pense que eu sou uma criatura sem sentimentos, porque não sou. O meu único problema é exatamente o contrário: sentir mais do que devia e querer que as outras pessoas também sejam assim. Mas, fazer o que, né? Talvez um dia eu encontre um sapo (ou um príncipe, who cares?) que pense como eu.