O Grande Deus de Barro.

Sou teu filho... óh grande Deus de Barro,

Acolhe-me em teus braços humidos.

A fé dos homens é tão frágil,

Não os culpe por isso,

Pois seus corpos são pequenos demais

Para terem grandes atos de fé.

Ainda ontem eu via um homem chorar,

Ele tentava esconder seus prantos

Com medo do repúdio da sociedade,

Pois dizia ele que era pecado um homem ser frágil,

E entregue aos seus sentimentos.

Seus sonhos não passavam de pilhas de miragens,

Momentos vividos em pról da aceitação dos outros,

Perguntei-lhe o seu nome,

Ele não soube responder,

Pois já não lembrava mais de quem ele mesmo era,

Fiquei triste,

Mas não pude fazer

A não ser vir até você

Óh grande Deus de Barro,

Implorar por sua compaixão,

Pois os homens são seres carentes,

Que não sabem o que fazem.