365 dias de solidão

Estive perdido no deserto,

enquanto as pessoas estavam vivendo como se não houvesse mais nada além de "respirar"

Estive perdido em meus medos, perdido entre meus próprios dedos

Eu olho pra trás como se pudesse voltar lá, e recuperar os pedaços que deixei de minha alma espalhados por onde andei.

Eu estou abrindo meus olhos, e enxergando o mundo "nu" como ele é.

E acreditem, eu fui me adaptando (...)

Não sei se a minha crença no amor se corrompeu, não sei se desisti, não sei se estou fingindo não ser quem eu realmente sou.

E no fundo estou dormindo, dormindo a minha vida.

Estou andando como uma sonâmbula perdida num corredor de pessoas famintas, sedentas de amor.

Quando vou ter coragem de dizer as coisas que me entopem as veias?

Quando vou gritar aos quatro cantos do mundo, a minha decepção? e por que não dizer a minha revolta em não ver nada puro para manter próximo do meu coração.

Não existe essa de o mundo é assim e pronto, as pessoas (pelo menos a maioria delas) estão abrindo seus olhos todos os dias, mas onde estão as almas de cada uma delas?

Será que todo mundo gosta dessa merda de vida?

Será que só eu estou aqui indignada com toda essa falta de amor?

Será que os poetas desistiram?

Não tem um louco como eu pra sair por aí amando esse mundão desvairado?

Eu sempre fui critica, sempre fui de observar, sempre fui de dizer na lata, não grossa, não sou de outro mundo, sou daqui mesmo, moro numa casa como a maioria de vocês.

tenho um coração, um coração exigente.

não há status que me cative, eu quero um escritor amante de almas, um escritor poético a minha altura.

Katty Piquert
Enviado por Katty Piquert em 24/07/2014
Código do texto: T4894466
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