DE CÓDIGOS E REGRAS...
O homem cria leis, regras e normas para viver em sociedade, ao mesmo tempo em que inventa de tudo para quebrá-las. Às vezes, parece que vivemos na época errada, mas, na verdade, apenas discordamos (ou concordamos) das coisas dessa sociedade em que vivemos, que é, para uma boa parte, arcaica e puritana, ao mesmo tempo em que é, para uma outra parte, podre e sem moral. Porém, ela, sem querer, faz-nos equilibrados, cientes de nossas responsabilidades e de até onde podemos chegar. Em outras palavras, a limitação nos dá um certo respaldo – com relação às possibilidades –, e evita que ultrapassemos a margem de segurança.
Penso que não seria bom viver sem regras, mesmo que essas regras fossem castradoras e, no mínimo, controladoras, mas, se todos tivessem o livre-arbítrio (na sociedade em que vivem), o mundo seria um caos, pois se uns têm desejos, quereres e vontades simples que não prejudicam a liberdade de ninguém, outros nem tanto. Assim, fazer o que quiser ou procurar entender por que nem tudo funciona como no espírito francês de sua bandeira é uma reflexão que nos leva a fazer, justamente, aquilo que podemos, embora nem sempre devamos fazê-lo. Aliás, no final, dá no mesmo. Acredito que o melhor mesmo é ser livre quando há oportunidade - e aproveitar o máximo -; e pensar sempre: um dia, eu realizarei meus sonhos e minhas fantasias.
Santo Agostinho, se é que podemos comparar as nossas reflexões com as de um Santo, também tinha esses conflitos - talvez não tão óbvios em seu corpo, mas, com certeza, em sua alma, sim. Ele, por exemplo, não admitia – quando era adepto do maniqueísmo – viver sem o lado carnal, da cópula, do amor entre um homem e uma mulher. E isso o afastava da verdade, segundo ele diz mais tarde, em suas "Confissões". Creio que o ser humano, por mais livre que ele tente ser, jamais conseguirá essa independência subjetiva que ele acha que tem direito. Ele até pode se reconstruir (acho que todos nós devemos fazer isso na vida, pois, somos dinâmicos, inteligentes e, culturalmente, transformamos a nossa sociedade) e isso até favorece a sua descoberta como ser único, porém ele jamais fará tudo aquilo que imagina que será bom para ele. Poderá até fazer, mas será longe do tribunal inquisidor da sociedade. O mais importante é que, embora não vivamos uma liberdade plena, isso não nos impede de sermos livres naquilo que pensamos e, em alguns pontos, fazemos. Acho que esse "livre-arbítrio" - mesmo de forma maquiada - ainda nos pertence e, felizmente, é compartilhado com milhões de pessoas.
O homem cria leis, regras e normas para viver em sociedade, ao mesmo tempo em que inventa de tudo para quebrá-las. Às vezes, parece que vivemos na época errada, mas, na verdade, apenas discordamos (ou concordamos) das coisas dessa sociedade em que vivemos, que é, para uma boa parte, arcaica e puritana, ao mesmo tempo em que é, para uma outra parte, podre e sem moral. Porém, ela, sem querer, faz-nos equilibrados, cientes de nossas responsabilidades e de até onde podemos chegar. Em outras palavras, a limitação nos dá um certo respaldo – com relação às possibilidades –, e evita que ultrapassemos a margem de segurança.
Penso que não seria bom viver sem regras, mesmo que essas regras fossem castradoras e, no mínimo, controladoras, mas, se todos tivessem o livre-arbítrio (na sociedade em que vivem), o mundo seria um caos, pois se uns têm desejos, quereres e vontades simples que não prejudicam a liberdade de ninguém, outros nem tanto. Assim, fazer o que quiser ou procurar entender por que nem tudo funciona como no espírito francês de sua bandeira é uma reflexão que nos leva a fazer, justamente, aquilo que podemos, embora nem sempre devamos fazê-lo. Aliás, no final, dá no mesmo. Acredito que o melhor mesmo é ser livre quando há oportunidade - e aproveitar o máximo -; e pensar sempre: um dia, eu realizarei meus sonhos e minhas fantasias.
Santo Agostinho, se é que podemos comparar as nossas reflexões com as de um Santo, também tinha esses conflitos - talvez não tão óbvios em seu corpo, mas, com certeza, em sua alma, sim. Ele, por exemplo, não admitia – quando era adepto do maniqueísmo – viver sem o lado carnal, da cópula, do amor entre um homem e uma mulher. E isso o afastava da verdade, segundo ele diz mais tarde, em suas "Confissões". Creio que o ser humano, por mais livre que ele tente ser, jamais conseguirá essa independência subjetiva que ele acha que tem direito. Ele até pode se reconstruir (acho que todos nós devemos fazer isso na vida, pois, somos dinâmicos, inteligentes e, culturalmente, transformamos a nossa sociedade) e isso até favorece a sua descoberta como ser único, porém ele jamais fará tudo aquilo que imagina que será bom para ele. Poderá até fazer, mas será longe do tribunal inquisidor da sociedade. O mais importante é que, embora não vivamos uma liberdade plena, isso não nos impede de sermos livres naquilo que pensamos e, em alguns pontos, fazemos. Acho que esse "livre-arbítrio" - mesmo de forma maquiada - ainda nos pertence e, felizmente, é compartilhado com milhões de pessoas.
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