Inversão de Valor Social

Porque ser simples é tão difícil? Há uma grande inversão de valores no mundo contemporâneo. Vovó já dizia: “daqui não levaremos nada, a vida é tão breve”, pois é, mas parece que ninguém entende! E tanta gente que não sabe aproveitá-la e então o mundo em si desanda tudo em descompasso e só me questiono: por que complicamos tanto? Veja só; sua roupa vale mais do que seu caráter? Parece que sim, mas não só sua roupa, mas seu carro é superior, sua casa, seu sapato, seu iPhone... Diga-me quem é você? Qual sua identidade? Você é carmen steffens? Morena Rosa? Carolina Herrera? Hollister? Ford? Honda? Volkswagen... ?? Diga-me! Apple? Sony? Samsung? Uma junção de tudo isso e um pouco mais? Todo esse mundo supérfluo?

Diga-me agora você que passa longe disso tudo, o lado posto. Diga-me quem é você que anda de chinelo de dedo, uma roupa simples, andando com sua própria energia, seu próprio motor, suas pernas, sendo livre, mas não é livre do preconceito dessa prisão ‘enchiqueirada’ desse mundo moderno, dessa falsa percepção, falsa moral, dessa hipocrisia, que embora tenha que sobreviver com isso e suas preocupações têm motivos suficientes para sorrir, porque tem a simplicidade e o amor no coração! Diga-me, quais são os seus valore, os seus conceitos, a sua vida, o que importa para ti!? Isso sim me interessa!

Não venham me falar contemporâneos que isso é uma diversidade social que tem que existir, ou uma cultura ou algo relacionado a isso! Não! Para mim isso tem nome, para mim isso é superficialidade é inversão de valores sociais, que vocês e porque não dizer nós, povos modernos, criamos e adotamos!

Há uma grande inversão de valores que precisamos perceber, em todos os âmbitos da vida. Sim, é claro que precisamos de uma roupa que vista bem, um sapato para calçar, uma casa para morar, um meio de comunicação, enfim, mas não são esses acessórios mundanos, não são os bens materiais de uma pessoa que irá identifica-la e valorar esta.

Questiono-me quem essas pessoas seriam se não usasse todos esses falsetes... Ou melhor, como agiriam se perdessem o tão famoso, competitivo e desejado e atribuído ‘status’!? Entrariam em depressão? Seriam humildes? Voltariam à essência? Colocariam os pés no chão?! É isso, é isso que boa parte da sociedade precisa: Colocar os pés no chão, ser quem é e não quem pode ser e principalmente se colocar em seu próprio lugar e no do outro e não estou aqui apenas apontando um defeito que vejo de forma ampla, dessa grande massa social, pode ser um defeito meu também, ou foi um dia, porque lutei contra ele, busquei a mim mesma, quem eu sou e quero mesmo ser e reconhecer e continuo a ‘polir’ essa descoberta do meu eu, porque se queremos e estamos dispostos a mudança e a ajudar, devemos começar conosco, devemos reparar a regressão mundana e começar a compreender o que realmente é significativo e importante para nós, costumo a dizer que devemos saber separar o joio do trigo. Há quem diga que o dinheiro, o poder, muda uma pessoa, pode até mudar, mas por que será? Por conta dessa inversão valorativa que a sociedade alimenta cada vez mais, porém, eu acredito que independente do ‘ter’ quem tem o seu ‘ser em si’ continuará sendo esse ser, porque não há dinheiro no mundo que modifique ou compre ou banalize um coração simples, não há dinheiro no mundo que compre a humildade, não há dinheiro no mundo que compre principalmente o amor ou com seu valor atribua um preço em uma vida e nas coisas mais belas existentes nela!

Paz e bem, para todos nós!

Taísla
Enviado por Taísla em 23/07/2014
Reeditado em 23/07/2014
Código do texto: T4892746
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