Pleno silencio.
Palavras guardadas condicionadas ao pleno silêncio.
O mundo já não se permite mais que elas sejam ditas.
O tempo já é passado, e não se pode fazer presente.
O olhar silencioso é tão duro quanto o vento gelado sobre a face, é como engolir seco, entalado e não poder se desentalar.
Mas no pleno silêncio não é permitido a pronúncia da palavra que sente necessidade de sair, a sua pronúncia pode trazer situações desconhecidas, adversas, inesperadas, não se sabe ao certo o que se pode esperar ao proferir o que se pensa, pode trazer o que se espera ou o inesperado.
Então o medo guarda as palavras em silêncio absoluto.
Quantos segredos se esconde por trás de um olhar silencioso!
As vezes o que mais se tem vontade de gritar é o que mais se guarda para si mesmo.
E assim muitos deixam de viver o que se sente por não se poder presumi, e vive o que se pode ser presumido(controlado).
Nos os humanos temos medo do desconhecido, de perder o controle do que vivemos, para o imprescindível.
Mas o que se pode esperar do imprescindível?
A maioria deixa o imprescindível por conta do destino, ate perceber-se que o tempo se esgotou, e o destinos não foi favorável.
Talvez seja o medo de se fazer uma má troca ou de ter que começar tudo de novo.
Então onde falta coragem sobra sonhos, guardados em silêncio absoluto.