A hora do silêncio

É hora do silêncio

Desligue o som

Apague as luzes

Não, não digas nada

É hora de descartar as sementes mal plantadas

E sublimar as que hão de ser semeadas

Feche a casa

As janelas

As cortinas

Os olhos

A boca

Desligue o chuveiro

Não, não é hora do jantar

Vento... sossegue

Não balance as árvores

Tempo... não amadureça demais os frutos

Para que não haja o barulho da queda

A hora do silêncio

É a hora da retomada

O momento que antecede o (re)início

A busca do fôlego

Inspiração

É o “a” da ação

É hora de velar o pensamento

Não pela morte

Mas pelo sim do renascer

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 21/07/2014
Reeditado em 23/07/2014
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