A hora do silêncio
É hora do silêncio
Desligue o som
Apague as luzes
Não, não digas nada
É hora de descartar as sementes mal plantadas
E sublimar as que hão de ser semeadas
Feche a casa
As janelas
As cortinas
Os olhos
A boca
Desligue o chuveiro
Não, não é hora do jantar
Vento... sossegue
Não balance as árvores
Tempo... não amadureça demais os frutos
Para que não haja o barulho da queda
A hora do silêncio
É a hora da retomada
O momento que antecede o (re)início
A busca do fôlego
Inspiração
É o “a” da ação
É hora de velar o pensamento
Não pela morte
Mas pelo sim do renascer