Em busca da Theosophia II

Em busca da Theosophia II

Navegando pelos “mares” da Internet, deparei-me com um comentário sobre um livro que eu não conhecia, (“A Linguagem de Deus”), cujo autor chama-se Francis Collins. Esse autor é um cientista, que se converteu de ateísta para cristão, e o seu livro (esgotado nas livrarias e baixado como download) passeia com simpatia e inteligência, pelos domínios da razão e do espírito. Quanto à comentarista, um rápido passeio pelos seus caminhos, indica a direção do mundo de Narciso, Apolo, Éros, Afrodite e das futilidades do mundo racional. Ocorreu-me, então, a lembrança de alguns textos, que acredito, são oportunos, e os transcrevo a seguir:

Sobre a Sabedoria e os Pensamentos

Há quatro tipos de homens:

O que não sabe e não sabe que não sabe;

É UM TOLO, EVITE-O.

O que não sabe e sabe que não sabe;

É UM SIMPLÓRIO, ENSINE-O.

O que sabe e não sabe que sabe;

É UM ADORMECIDO, DESPERTE-O.

O que sabe e sabe que sabe;

É UM SÁBIO, SIGA-O.

(Provérbio Árabe)

A Reflexão

Cuidado com seus pensamentos, eles se

transformam em palavras.

Cuidado com suas palavras, elas se

transformam em ações.

Cuidado com suas ações, elas se

transformam em hábitos.

Cuidado com seus hábitos, eles se

transformam e moldam seu caráter.

Cuidado com seu caráter, ele se

transforma e determina seu futuro.

(autor desconhecido)

Creio que, sem que precisem nos dizer, devemos ter consciência da nossa localização nos diversos patamares da sociedade humana, não para nos sentirmos superiores ou inferiores aos outros, mas para nos conhecermos a nós próprios e nossas limitações, como ponto de partida, para a nossa constante procura pelo aprimoramento pessoal, repartindo as nossas sobras com os demais e usufruindo das sobras dos nossos semelhantes, sempre com humildade. Assim, com intenção de colaborar, na ocasião, foi endereçado à "Comentarista" o seguinte texto:

Em Busca do Tesouro Perdido

Em “Minhas impressões sobre o livro A Linguagem de Deus de Francis Collins”, a "Comentarista” faz um breve comentário, e conclui:

“Gostaria de ver algum crente realmente entendendo este(s) argumento(s) para que, então, qualquer tentativa de debate pudesse se realizar”.

Não pretendo dissecar os seus argumentos, nem fomentar debates superficiais e desordenados, geralmente movidos por fanatismos, sectarismos ou por super egos, desejosos de satisfazer-se “derrotando” seus “oponentes”. Trata-se aqui, apenas de uma exposição de idéias, visando somente o seu intercâmbio, na expectativa de que essas idéias possam ter alguma utilidade para a interlocutora, na busca pelo conhecimento, em que todas as pessoas sensatas se empenham. Assim, após a paciente leitura deste texto, creio que será possível localizar os detalhes integrantes desta exposição, que eventualmente, poderão corresponder às suas expectativas e ajudar a suprir, (desculpe a pretensão) mesmo que parcial e minimamente, a compreensível inquietude peculiar do ser humano. Eis aqui um agnóstico ferrenho até aos 62 anos de idade, surpreendido, aos 63 anos, por uma “grande explosão”, o meu “Big Bang” pessoal. Então, não havia como ignorar o que ocorria e minha vida tomou o rumo oposto, no tocante às minhas convicções. Eis que “morreu” o apologista da Razão e “nasceu” um Cristão independente, apologista da Theosophia. Tenha paciência e leia até o fim, pois desejo que na sua trajetória evolutiva, também ocorra o seu “Big Bang” pessoal. É um êxtase, mas para sua surpresa, asseguro-lhe, que ele não depende da sua vontade, nem das suas ações ou mesmo de quaisquer méritos pessoais. Creio que ao final da leitura, será possível assimilar esta compreensão.

“Um debate é uma troca de conhecimentos: uma discussão é uma troca de ignorâncias.” (Reinold Niebulr)

Inicialmente, é preciso esclarecer, que tudo aquilo que escapa do âmbito das chamadas ciências exatas, onde está a Matemática, (que não é exata, segundo o Teorema de Gödel, admitido pelos cientistas racionais), e que é o campo objetivo, onde se encontram as questões mais palpáveis, mais substanciais ou mais concretas, inclui-se, no que identifico como campo subjetivo, onde funciona a imaginação, o raciocínio, o discernimento e a conjectura, sobre fenômenos ou eventos que podem escapar à lógica, ou ao conhecimento racional. Mesmo sobre o terreno do campo objetivo, o homem elabora sofismas, admite duas ou mais verdades sobre as mesmas questões e fabrica interpretações múltiplas sobre elas, conforme os interesses individuais que envolvem essas questões, ou sob critérios compatíveis com as suas próprias convicções e até mesmo na dependência do seu grau ético e moral. Ora, imagine-se, então, o que pode ocorrer quando se tratar de questões relativas ao campo subjetivo que é muito mais escorregadio, pois é intangível, onde se trata de questões improváveis, sejam elas relativas às teorias científicas dos racionalistas ou às convicções das crenças ou superstições daqueles que acreditam em algo que escapa ao entendimento lógico. Tanto as teorias como as crenças são improváveis, cabendo a cada um, individualmente, admitir aquilo que o seu próprio discernimento lhe facultar, pois como se trata de questões improváveis, ninguém pode convencer ninguém das suas convicções pessoais.

Estamos, então, diante de um impasse? Estamos. Imagine-se uma aula ministrada por um bom professor, seja essa aula relativa às ciências naturais ou às ciências humanas, para uma classe de cinqüenta alunos. É certo, que após o término da aula, cada um dos alunos ouvintes terá absorvido uma porcentagem absolutamente individual da aula ministrada. Uns mais, outros menos. E a aula foi igual para todos eles. Afinal, foi o professor que ensinou, ou deixou de ensinar, ou foram os alunos que aprenderam, ou deixaram de aprender? Com efeito, o professor não ensinou, pois ninguém ensina nada a ninguém. Ele apenas colocou em evidência aquilo que ele, também como um aluno, aprendeu quando essas evidências lhe foram expostas anteriormente e foram absorvidas pelo seu intelecto, de acordo com as suas potencialidades imanentes. Isso é exatamente o que acontecerá também com os seus alunos que acabaram de ouvir a sua aula. Essa é uma lei que vale para todas as áreas do conhecimento humano, passíveis do intercâmbio através da racionalidade. É o conhecimento racional.

Além disso, o intelecto humano tem a faculdade de poder “viajar” até os confins do Universo e sondar as suas profundezas através do pensamento e da imaginação, com velocidade instantânea, só comparável à velocidade da luz! O pensamento e a imaginação são os “olhos” do espírito do homem que, em consórcio com a razão, também pode elaborar conceitos individuais, associados às suas observações, baseadas nos eventos que se desenvolvem na sua existência e no mundo que o envolve no seu cotidiano, nos seus relacionamentos e nas suas ações. Isso tudo está na área subjetiva, como sombras, impenetráveis pelos seus semelhantes. É o reduto mais íntimo do ser humano. Esses conceitos, também evolutivamente, estabelecem o conhecimento racional oculto, apenas conceitual, que também pode ser colocado em evidência e exposto para que outros possam absorvê-lo, por si, e sem imposição. Às vezes, não são manifestados e permanecem em estado latente, sendo “ruminados”, especialmente aqueles que, se expressados, poderão acarretar constrangimentos, a si mesmo ou a outrem. Ademais, podem ocorrer fenômenos na mente do ser humano, e até visões, que não há como evidenciar de forma cabal, através da razão, e aí está o “X” da questão. Muitas pessoas confiáveis, já passaram por experiências dessa natureza, no mínimo “estranhas” para outras pessoas, para as quais não há uma explicação lógica. Ora, como então falar para outras pessoas sobre revelações espirituais que produzem os conhecimentos essenciais?

Creio que o melhor é escrever e não apenas falar, como fez Jacob Boehme, mesmo em se tratando de eventos de grande complexidade para a razão, para que outras pessoas, com seriedade e uma vontade imparcial de saber, possam estudá-las e extrair suas conclusões, para a formação das suas próprias convicções. Não deve haver a intenção de impor as idéias aos outros ou mesmo convencê-los a admitir essas idéias. É fundamental a compreensão de que somos, todos, indivíduos, com características totalmente individuais e independentes, cabendo a cada um, isoladamente, trilhar o seu caminho e assumir a responsabilidade pelas suas opções, sejam elas quais forem. As pessoas somente podem compreender integralmente, sem quaisquer dúvidas, os fenômenos que ocorrerem com elas mesmas. O pai e a mãe, zelosos, gostariam muito de transferir todos os conhecimentos e experiências que acumularam em suas vidas, para os seus queridos filhos, não é mesmo? Mas, isso é possível? Cada ser humano procura aquilo que ele quer, ou que ele necessita, e para isso, ele lança mão dos meios necessários para satisfazer esses anseios, observando ou não, os aspectos éticos e morais, sejam aqueles estabelecidos pela sociedade, sejam aqueles que estão impressos em sua própria mente, e que lhes facultam o discernimento mais profundo sobre o lícito e o ilícito. Portanto, é contraproducente e constitui uma insensatez, dedicar-se a acalorados e às vezes desrespeitosos debates, sempre inconclusivos e sem um embasamento consistente, igualando-se aos devaneios dos naturalistas da astrofísica teórica e às exaustivas ladainhas caóticas dos teólogos que não sabem o que dizem, ambos sofistas da racionalidade arrogante, que contribuem para a proliferação dos conflitos entre os desinformados cristãos e ateus, ambos apenas “da boca para fora”, todos, na verdade, ávidos pelo conhecimento essencial, que, todavia, não pode ser obtido pela via racional. É concessão.

Os “cristãos da boca para fora”, exímios sofistas, fundaram instituições (denominações teológicas) e estruturaram rendosos negócios, baseados nas fábulas, genealogias e histórias cristãs, assumiram por si mesmos a condição de intermediários entre Deus e os homens e cobram “pedágio” no suposto caminho para o céu. Com isso, os astutos ilusionistas e prestidigitadores das palavras, iludem as ingênuas “ovelhas” e reforçam as convicções dos agnósticos e ateus. Os “cientistas da astrofísica teórica”, também exímios sofistas, fundaram instituições e também estruturaram rendosos negócios, baseados em fantasias criadas pela imaginação, assumiram por si mesmos a condição de orientadores dos idólatras da racionalidade e formularam teorias absurdas, estabeleceram números absurdos, fazem afirmações absurdas, cujos absurdos, as “antenas repetidoras” expandem e os ingênuos racionalistas convictos, as absorvem como verdades incontestáveis, sentindo-se ainda mais robustos nas suas crenças racionais (como se vê todos são crentes) e nem sequer conseguem perceber, que o Planeta Terra se encontra mergulhado no caos, sob os efeitos da administração racional. As “ovelhas” ingênuas, o maior contingente, de pequena estatura intelectual, também não conseguem perceber o engodo a que estão submetidas e, de boa fé, seguem a liderança dos sofistas, enquanto as “ovelhas” de maior envergadura intelectual, ou permanecem vacilantes e encalhadas na neutralidade ou se incorporam aos idólatras da racionalidade. Então o que fazer? Em quem acreditar? Onde se encontra a Verdade? Nos cristãos? Nos racionalistas? Nos teólogos? Nos cientistas da natureza? No subjetivo ou no objetivo? No espírito ou na razão?

Para a confortável posição da neutralidade, poder-se-ia conjecturar sobre alguns textos:

Apocalipse 3;15,16 - Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente;oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.

“Os lugares mais sombrios do inferno são reservados àqueles que se mantiveram neutros em tempos de crise moral.” (Livro “Inferno” – Dan Brown)

Para os que estão acomodados no berço da ignorância optativa, os textos seguintes:

“Viver no mundo sem tomar conhecimento ou consciência do significado do mundo é como vagar por uma imensa biblioteca sem tocar nos livros.” (Anônimo)

“Mas chega um momento na história, em que o pecado da ignorância não pode mais ser perdoado... um momento, em que só o conhecimento tem o poder da absolvição.” (Livro “Inferno” – Dan Brown)

Para os racionalistas negligentes, que persistem em ignorar as questões que não conseguem compreender:

“Você vê tudo através da lógica de uma independência isolada. Algumas respostas às suas perguntas irão deixá-lo completamente perplexo e não farão o menor sentido, porque você não tem uma estrutura de referências que permita assimilá-las.”

“Se a liberdade é um processo gradativo, o mesmo vale para o mal. Com o tempo, pequenas deturpações da verdade e justificativas aparentemente sem importância erguem um edifício inesperado.” (Livro “A Travessia” – William P. Young

“Ó vós, na possessão de tão robustos intelectos... observai os ensinamentos que se escondem sob o véu destes estranhos versos.” (Dante Alighieri)

O labirinto onde os Naturalistas foram aprisionados pelas suas fantasias, foi construído sobre fundamentos móveis que são as suas instáveis teorias. Temos os seguintes fundamentos: Teoria da Relatividade Restrita, Teoria da Relatividade Geral, Teoria Clássica, Teoria da Grande Unificação, Teoria da Super Gravidade, Teoria das Cordas Super Simétricas, Teoria do Caos, Teoria do Espaço-Tempo Curvo, Teoria do Éter Fixo, Teorias de Variáveis Ocultas,Teoria Quântica,Teoria das Cordas, Teoria de Yang-Mills,Teoria Newtoniana,Teoria Holográfica, Teoria M, Teorema da Singularidade, e o Teorema da Incompletude. Isto tudo, sem falar no célebre “buraco de minhoca”!

Vejamos algumas conclusões, a que chegou Stephen W. Hawking, o expoente maior dos cientistas naturalistas.

“(...) E, se de fato há uma teoria completa e unificada, ela provavelmente determinará também as nossas ações”.

“(...) O universo seria totalmente auto-contido; ele não precisaria de nada externo para dar corda no mecanismo e colocá-lo em funcionamento. Ao contrário, tudo no universo seria determinado pelas leis da ciência e por lançamentos de dados dentro do universo. Isso pode parecer presunção, mas é no que eu e muitos outros cientistas acreditamos.” (Stephen W. Hawking)

O universo auto-contido é estático, sem limites, sem início e sem fim. Hawking ainda não percebeu, mas ele está praticamente admitindo a “Teoria do Determinismo Científico” do Marquês de Laplace, que representa uma devastação para o monte de absurdos das teorias acima mencionadas. Falta só ele concluir pela substituição da expressão “leis da ciência,” então, desaba tudo. A seguir, Hawking e os demais cientistas estarão a um passo de se juntarem a Francis Collins. Estou imaginando... minhas impressões sobre “Uma Breve História do Tempo” e sobre “O Universo Numa Casca de Noz”. Como ficarão, então, os racionalistas? Segurando-se no pincel?

A Verdade é tão profunda que a pobre racionalidade não reúne condições para defini-la ou para expressá-la de uma forma que possa ser assimilada instantaneamente pela própria razão. Os expoentes da ciência jurídica afirmam, que em todos os litígios sempre há três versões: a minha, a sua e a verdadeira e vale lembrar que a emblemática figura da justiça, surge com a venda nos olhos, sem contar que o peso, o metro e o relógio, como sabem os físicos, jamais poderão alcançar uma precisão absoluta, em função da ininterrupta contração e dilatação dos materiais, cujo efeito adicional, juntamente com a inexistência do repouso absoluto, impossibilita a aferição simultânea da velocidade e posição das partículas, inspirando o Princípio da Incerteza de Werner Heisenberg. Os físicos, apesar disso, ainda não sabem fundamentar o referido Princípio, na sua área da Teoria Quântica, pois eles se esquecem, que nós giramos com o Planeta Terra, que gira em torno do Sol, que gira em torno do Núcleo da Via Láctea, que gira em torno do Núcleo do Terceiro Princípio, que gira em torno do Núcleo do Universo. Portanto, nada, absolutamente NADA permanece IMÓVEL !

A Verdade está impressa, em potência, na mente do homem, que tem consciência da sua existência e sabe, no seu íntimo, quando ela se encontra presente ou não, em todas as suas ações. Não há como fugir dela, mas é o que o incorrigível Homo Habilis, habitualmente, procura fazer no curso de toda a sua vida. Mesmo para aquelas perguntas mais complexas, que nenhum mortal consegue responder, há uma Verdade Absoluta subjacente, que incorpora todas as demais e as explicita, colocando-as, exclusivamente, ao alcance do Homo Sapiens.

A trajetória evolutiva do homem, assim como tudo, se desenvolveu em estágios. No primeiro deles, surgiu o Homo Primus, o Homem Primitivo, ainda sem o intelecto, mergulhado no “paraíso da ignorância absoluta”, onde prevaleciam apenas os seus instintos primitivos, voltados para a reprodução e a preservação da sua espécie. No momento oportuno, sob o comando da lei da evolução, desabrochou o intelecto no Homo Primus que “morreu” subitamente, sendo expulso do “paraíso da ignorância absoluta”, pois ele “provou do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal”, transformou-se e “nasceu” o Homo Habilis, o Homem Habilidoso. Foi quando “Adão” “acordou do seu sono profundo” e tiveram início as peripécias do homem racional, o segundo estágio da evolução humana. Mas há o terceiro e último estágio a ser alcançado... e, para que isso possa ocorrer, é mais do que necessário... é imprescindível, que ocorra a “morte” do Homo Habilis e o “nascimento” do Homo Sapiens!

O Homo Primus não surgiu como obra da sua própria vontade. O Homo Habilis também não surgiu como obra da sua própria vontade. E o Homo Sapiens, surgirá como obra da sua própria vontade? É evidente que não. E então? Quem comanda a evolução? Quem determina o que deve ocorrer? Quando ocorrer? Como ocorrer? Por que ocorrer? O que nos interessa, sobretudo... Para quem ocorrer? Para todos os homens? Ser ou não ser, eis a questão! E novamente, o que fazer? Onde se encontra a Verdade? Como ingressar no terceiro e último estágio?

O esforço nesse sentido é muito simples: procurar, pedir e bater à porta de Sophia, esforçando-se à exaustão para entrar no maravilhoso “Arraial da Theosophia”, como fez Salomão. Esse procedimento é individual, pessoal e intransferível e requer muita persistência, atrelada a um comportamento diuturno e espontâneo, compatível com tamanha pretensão. Mas, isso garante o ingresso no terceiro estágio? Não, mas esse comportamento identifica os que se encontram nas veredas para o “Arraial”, enquanto outros se divertem alegremente sentados no formigueiro.

“Você não pode se contentar em ser um ovo comum, ainda que decente.Ou sua casca se rompe ou você apodrecerá.” (C .S .Lewis)

A evolução ocorre tanto no conhecimento racional como no conhecimento essencial, ou seja, na razão e no espírito do homem. Assim como buscamos o conhecimento racional nas escolas, se possível até o nível superior para atender nossas potencialidades racionais, também devemos fazê-lo com relação ao conhecimento essencial, para atender nossas potencialidades espirituais, o que, entretanto, depende exclusivamente do nosso próprio empenho e dedicação, sem vínculos com quaisquer instituições, pois nesse “terreno” não existe lugar para intermediários (aqueles que cobram pedágio). Além da Internet, existem bons livros que podem ajudar. Eis alguns: A Cabana / Bom Dia Espírito Santo / A Unção / e para os intelectos mais avantajados, Aurora Nascente e Os Três Princípios da Essência Divina de Jacob Boehme, o extraordinário Teósofo alemão, e ainda (perdoe novamente a pretensão) o livro “O Caminho Para o Tudo” no site do Recanto das Letras. A Bíblia, obviamente, não pode ficar de fora, não para ser lida, mas estudada, para que o estudante possa ultrapassar o “véu de Moisés”, inserido nas fábulas, genealogias e histórias cristãs, (evite-as) para adentrar a sua substância, ultrapassando também a literalidade, analisando as metáforas, para alcançar o seu verdadeiro sentido, oculto pelo “véu de Moisés”. É preciso crescer, deixar o “leite” e passar ao alimento sólido, para os adultos no espírito. Também aqui, não há “almoço grátis”, e há o preço a pagar, que são os “dízimos”. Antes de encontrar o “Tesouro”, as agruras da difícil caminhada (uma peregrinação). Depois de encontrar o “Tesouro”, outra peregrinação, na aplicação dos “talentos” que lhe foram confiados, para que produzam frutos na videira do Senhor. Não há que se preocupar com o “preço a pagar”, é extremamente agradável fazê-lo, é um privilégio indescritível! “É o milagre da multiplicação dos pães para os que têm fome, cujos cestos nunca se esgotam.” É o que estou procurando fazer.

“Os tormentos pela retenção do conhecimento, que não pode ser expandido, são maiores do que os tormentos pela impotência de impedir a expansão da ignorância.” (Dossi)

Jeremias 9;23 – Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força, nem o rico nas suas riquezas. 24 – Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor, e faço misericórdia, juízo e justiça na terra, porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.

I Coríntios 4;7 – Pois quem é que te faz sobressair? e que tens tu que não tenhas recebido? e, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?

Mas, e a Verdade? Ainda não a encontramos não é mesmo? Ah sim, a Verdade... bem, para encontrá-la é preciso cavar fundo, talvez começando pelo exame da etimologia das palavras, um hábito um pouco incomum, pois a origem e o sentido das palavras nem sempre são observados com profundidade, o que pode provocar equívocos na correta interpretação de textos, ainda com o acréscimo de que, todas as línguas da Humanidade são suscetíveis de interpretações controvertidas, seja pela sua incapacidade de expressar corretamente os pensamentos, ou pela maliciosa atuação dos astutos sofistas, exímios prestidigitadores das palavras, que as manipulam conforme as suas conveniências. A língua portuguesa tem sua origem no Latim, mas, ao longo do tempo as línguas se mesclaram e muitas palavras se originam do grego. Por exemplo, vejamos algumas palavras: Theos (elemento de composição grego) exprime a idéia de Deus. Philos (elemento de composição grego) exprime amizade, amor, inclinação, tendência. Logos (elemento de composição grego) dá origem a lógico = coerente, racional, conforme as regras da lógica. Sophia (grego) = ciência e sabedoria. Philosophia (grego) = estudo geral sobre a natureza de todas as coisas (inclinação ao saber). Theologia (grego) = ocupa-se do estudo racional de Deus e seus atributos. Theosophia (grego) = sabedoria divina

Podemos então observar, que a Philosophia é uma inclinação ou tendência para o estudo geral sobre a natureza de todas as coisas, através da razão, e que a Theologia estuda Deus e seus atributos, também através da razão. O mesmo não acontece com a Theosophia que não estuda nada, pois ela é a própria sabedoria divina, que, evidentemente, não necessita de nenhum estudo, mesmo porque a Theosophia é inacessível à razão, pois a sabedoria divina é uma concessão espiritual, do Espírito de Deus para o espírito do homem, que passa a ocorrer de forma fragmentada, e conforme a diversidade alinhada em (I Coríntios 12;1 a 11 ), a partir do novo nascimento, o Pentecostes individual, quando o Filho de Deus se transforma no Filho do Homem, caracterizando o nascimento de Cristo. É nesse instante que “morre” o Homo Habilis e “nasce” o Homo Sapiens. Daí em diante, a Theosophia passa a ser vivenciada, e o Cristão independente, não necessita que alguém o ensine. (I João 2;27)

Creio que deu para perceber onde se encontra a Verdade, onde se encontra o Tesouro e como “nasce” o Homo Sapiens. Somente, e exclusivamente, na Theosophia!

Essas inspirações espirituais são revelações que, numa impressionante velocidade, explodem na mente humana, fornecendo conhecimentos jamais sequer imaginados pela pobre razão que, atordoada, passa a “ruminá-los” para obter um ordenamento mais acessível e mais fácil de ser exteriorizado. Até o Apóstolo Paulo encontrou dificuldades para discorrer sobre o que recebeu (Hebreus 5;11 a 14), assim como o extraordinário Teósofo Jacob Boehme. Paulo fornece mais uma indicação, do que ocorre quando a consciência espiritual extrapola os padrões humanos e passa a orientar o cotidiano da vida:

II Coríntios 5;16 – Assim, daqui em diante a ninguém reconhecemos segundo os padrões humanos. E ainda que tenhamos conhecido a Cristo segundo os padrões humanos, agora não mais o conhecemos desse modo.

A seguir, uma transcrição extraída da Revista “Veja” de 24-12-2003, que poderá ajudar os céticos a compreender com mais facilidade, questões que lhe são absolutamente estranhas, despertando neles a curiosidade intelectual que os levará a “pedir, buscar e bater” (Mt. 7;7):

“Para espanto dos estudiosos, ao contrário de algumas conquistas humanas, como o uso de roupas e a agricultura, as manifestações de respeito a um Ser superior não apresentam evolução lenta. A Fé simplesmente surge na história humana de um momento para outro, de forma abrupta. Não foi um processo, mas um evento único. Não se nota a evolução gradual dessas capacidades. Elas simplesmente “eclodem”, diz Walter Neves, antropólogo evolucionista da USP”.

Voltando ao exame das palavras gregas, vejamos algumas curiosidades:

Philosophia - Não tem o Theo, mas tem a Sophia, porém somente a racional.

Theologia - Tem o Theo, porém somente o racional, mas não tem a Sophia.

Theosophia - Tem o Theo Espiritual e tem a Sophia Divina.

Philologia – Não tem o Theo e não tem a Sophia.

A Theosophia é intencional e radicalmente ignorada pelas denominações teológicas, pois ela dificulta a exploração comercial, impossibilita a elaboração de sofismas, é inacessível à razão sem a unção espiritual, gera a autonomia e independência do cristão e identifica os sofistas. Em resumo, ela reduz a escombros as ilusões, as falcatruas e a astúcia da “mercoteomancia”. (coquetel de mercadologia+deus+adivinhação)

Assim como a racionalista gostaria de encontrar algum crente em Deus, que pudesse entender os seus argumentos, também o crente em Deus gostaria de encontrar muitos crentes na razão, que conseguissem entender apenas os textos abaixo. Então, os debates seriam dispensáveis, pois estaríamos dentro do mesmo “Arraial”, “conversando em silêncio”, de espírito para espírito, numa linguagem universal! A Linguagem de Deus.

1-“O “nascimento” de Cristo é a concretização da nova Aliança, a Aliança Eterna! Eis como isto ocorre: Jeremias 31;33- Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. Podemos dizer que aí está a “chave-mestra” que poderá abrir a mente de Jacó, levando-o a compreender o verdadeiro “nascimento” de Jesus Cristo, “Emanuel Deus Conosco”, quando Ele emerge de Deus para o Homem, na metamorfose de Filho de Deus para Filho do Homem, expondo-Se no novo nascimento, substituindo Moisés, externamente no velho homem Jacó, pela Tábua de Pedra, e apresentando-Se como Jesus Cristo, internamente no novo homem Israel, pela Tábua de Carne, conferindo-lhe o “Certificado da Salvação”, autenticado pelo Espírito Santo” (Ezequiel 36;24 a 27) e (II Cor. 4;6,7). Pode, então, ocorrer a pergunta: Como Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos? A resposta é que o homem, antes de nascer de novo, está morto espiritualmente. Quando a Promessa “Na mente lhes imprimirei as Minhas leis, também no coração lhas inscreverei (...)” é cumprida, ocorre o novo nascimento do homem, que então passa a viver no Espírito de Deus. O cumprimento da Promessa, como já vimos, é a concretização da Nova Aliança, quando Cristo ressuscita dentre os mortos, nos quais Ele também estava “morto”. Eis aí Jesus Cristo, o Filho do Homem! Eis aí também, o Homo Sapiens! (Livro “O Caminho Para o Tudo”)

2-“Podemos agora compreender, que Cristo “nasce” todos os dias, em todo o Planeta, como sempre foi, desde que a evolução espiritual do Homem possibilitou que isso começasse a ocorrer em sua mente e em seu coração, a partir dos últimos tempos. Porém, essencialmente, Ele “nasceu” antes da fundação do mundo, ou melhor, Ele é eterno! (I Pedro 1;20) O marco simbólico ou sob o “véu de Moisés”, do seu “nascimento”, é o episódio bíblico que todos conhecem, e sobre o qual os sofistas e também os empresários em geral, intensificaram os seus negócios e aqueles, edificaram as solenidades e a arte teatral, que sabem muito bem, agradam às “ovelhas” mais humildes.”

3-“Assim como o tempo da Lei mosaica, foi ultrapassado pelo tempo da Graça Cristã, também o tempo do alimento primário, o leite, foi ultrapassado pelo tempo do alimento sólido, porquanto o leite está nos preceitos da Lei mosaica, também infiltrado nas histórias, fábulas e genealogias, na camada exterior ou verniz que recobre as metáforas e até na literalidade das palavras, mantendo oculto, “sob o véu de Moisés”, o que se esconde atrás dessas histórias, dessas palavras, e também no cerne dessas metáforas: o alimento sólido ou a substância.”

4-“Essas questões são relevantes e da maior importância, porquanto diante das trapaças dos sofistas, das limitações de alguns, embora compreensíveis, e da negligência e ou preguiça de outros, tanto as “ovelhas” mais humildes, como principalmente, as “ovelhas” mais bem nutridas nos conhecimentos da racionalidade, talvez não tenham sido seduzidas pelos trapaceiros, mas talvez também, não tenham sido convertidas pelos rudimentos elementares da doutrina Cristã, insuficientes para despertar o seu interesse e corresponder às suas expectativas. A visibilidade mais nítida deste cenário permite-se nos Países do chamado Primeiro Mundo, especialmente na Europa, onde a fé em Deus praticamente desapareceu.”

5-“O maior privilégio que o homem pode obter, por concessão, é o novo nascimento, produzido, unicamente, pela Misericórdia do Pai, pelo Amor e Graça do Filho e pela Unção e Comunhão do Espírito Santo. Esse é o verdadeiro Batismo na “Água Viva” do Filho e no “Fogo” do Espírito Santo. Esse é o “Certificado da Salvação”, sem o qual, ninguém entra na “Terra Prometida”. O novo nascimento faz conexão com as potencialidades imanentes do homem, as espirituais e as racionais, que emergem vigorosamente, passando a se refletir nos dons e vocações, que surgem como fontes do “pão da vida” e da “água viva”. É de fundamental importância compreender que o “novo nascimento” é o resultado do batismo na “água viva” de Cristo e no fogo do Espírito Santo. O batismo praticado por João Batista é o batismo da Lei, que vale apenas como um símbolo. Quando Cristo foi “batizado”, João Batista sabia que esse “batismo” era absolutamente desnecessário para Cristo, mas Este se submeteu a ele, apenas como um gesto de respeito à Lei, sendo imediatamente, batizado pelo Espírito Santo. (Mateus 3;13ª17) Nesse momento, expirava a validade do batismo da Lei, substituído pelo Batismo da Graça. Assim, tanto o decálogo da Lei mosaica, como o batismo de João Batista são abolidos pela Graça de Cristo, que nos homens se concretiza no novo nascimento. (João 3;3,5ª7) A Lei, com todos os seus acessórios exteriores, é válida somente para Jacó, que continua se alimentando do leite, e não mais para Israel, cuja alimentação se baseia no alimento sólido. Israel é a evolução espiritual de Jacó. É preciso que Jacó diminua, e que Israel cresça progressivamente (João 3;25 a 30) e que, ouvindo a voz do noivo se diga: Pois esta alegria já se cumpriu em mim.”

6-Vejamos a seguir, alguns textos bíblicos, e também o texto de C. S. Lewis, que devem ser cuidadosamente examinados, por aqueles que estão dispostos a encontrar por si mesmos, sem quaisquer intermediações maliciosas, o verdadeiro conhecimento de Deus.

Romanos 9;11- E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama).

Jeremias 1;5- Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísses da madre, te consagrei e te constituí profeta às nações.

Jeremias 10;23- Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos.

João 15;16- Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça; (...)

Efésios 2;8- Porque pela graça sois salvos por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. 9- Não vem das obras, para que ninguém se glorie.

Mateus 11;27- Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

“Quando se trata de conhecer a Deus, toda a iniciativa depende d’Ele. Se Ele não quiser se revelar, nada do que façamos nos permitirá encontrá-lo.” (C. S. Lewis)

Baseando-se nos textos acima expostos, cabem duas lógicas perguntas, que colocamos em proposital evidência:

“Para que servem as denominações teológicas? Qual é a sua finalidade?”

ficando por conta de cada um, a elaboração das suas próprias conjecturas, para firmar suas convicções.

7-Ela estava com o Pai, quando Ele esquadrejava e circulava os espaços para estabelecer o firmamento. Ela estava com o Filho, quando Ele revelava as manifestações do Pai, preenchia os espaços e, como pedra angular, sustentava o firmamento. Ela está com o Espírito Santo, quando Ele ensina e expõe os conhecimentos essenciais ao recém nascido Homo Sapiens. Aí está Ela, mais doce que o mel, transbordando o seu perfume inebriante!

“A Sabedoria louvará a sua alma, e se honrará em Deus, e se gloriará no meio do seu povo. E abrirá a sua boca nas Assembléias do Altíssimo, e se gloriará à vista do poder do Senhor. E será exaltada no meio do seu povo, e será admirada na plenitude dos santos. E na multidão dos escolhidos terá louvor, e entre os benditos será bendita, dizendo: Eu saí da boca do Altíssimo a primogênita de todas as criaturas; Eu fiz com que nascesse nos céus uma luz que nunca falta, e como névoa cobri toda a terra; Eu habitei nos lugares mais altos, e o meu trono é sobre uma coluna de nuvem; Eu só rodeei o giro do céu, e penetrei a profundidade do abismo; andei sobre as ondas do mar; E estive em toda a terra, e em todo o povo; E entre todas as nações tive a primazia; E pisei com o meu poder os corações de todos os grandes e pequenos, e em todos estes busquei o descanso, e assentarei a minha morada na herança do Senhor. Então o Criador do Universo me deu os seus preceitos e me falou, e aquele que me criou descansou no meu tabernáculo. E me disse: Habita em Jaco, e possui a tua herança em Israel, e lança raízes nos meus escolhidos. Eu fui criada desde o princípio e antes dos séculos, e não deixarei de ser em toda a sucessão das idades, e exercitei diante dele o meu ministério na morada santa. E fui assim firmada em Sião, e repousei igualmente na cidade santificada, e em Jerusalém está o meu poder. E me vim a arraigar num povo honrado, e nesta porção do meu Deus que é a sua herança, e na plenitude dos santos, onde se acha a minha assistência. Crescendo me elevei como cedro no Líbano, e como cipreste no monte Sião; Eu lancei em alto os meus ramos,

.como a palmeira em Cades, e como as plantas das rosas em Jericó; Eu me elevei como uma formosa oliveira nos campos, e como o plátano nas praças à borda d’água. Difundi um cheiro como o cinamomo e o bálsamo aromático; espalhei como mirra escolhida suavidade de cheiro. E perfumei a minha habitação como estoraque, e gálbano, e unha odorífera, e gota, e como incenso do Líbano que não é tirado por incisão, e a minha fragrância é como a do bálsamo sem mistura. Eu estendi os meus ramos como o terebinto, e os meus ramos são ramos de honra e de graça. Eu como vide lancei flores de um agradável cheiro, e as minhas flores são frutos de honra e de honestidade. Eu sou a mãe do amor formoso, e do temor, e do conhecimento, e da santa esperança. Em mim há toda a graça do caminho e da verdade, em mim toda a esperança da vida e da virtude. Passai-vos a mim todos os que me cobiçais, enchei-vos dos meus frutos; Porque o meu espírito é mais doce do que o mel, e a minha herança vence em doçura o mel e o favo. A minha memória durará por todas as gerações dos séculos. Aqueles que me comem terão ainda fome, e os que me bebem terão ainda sede. Aquele que me ouve não será confundido, e os que obram por mim não pecarão. Aqueles que me esclarecem terão a vida eterna. Tudo isto é o livro da vida, e o testamento do Altíssimo, e o conhecimento da verdade. Moisés entregou a lei nos preceitos da justiça, e a herança para a casa de Jacó, e as promessas para Israel. O Senhor prometeu a David, seu servo, que faria sair dele um rei fortíssimo, e que se assentasse no trono de glória para sempre. Ele que difunde a sabedoria como o Phison as suas águas, e como o Tigre nos dias dos novos frutos; Que enche o entendimento como o Eufrates, que transborda como o Jordão no tempo da ceifa; Que envia a disciplina como luz, e que aumenta as suas águas como o Gehon na conjunção da vindima; Ele é o que tem a primazia no cabal conhecimento da mesma sabedoria, e o mais fraco não na poderá rastejar; Porque os seus pensamentos são mais vastos do que o mar, e os seus conselhos mais profundos do que o grande abismo. Eu sou a sabedoria, que de mim fiz correr os rios. Eu como um regato de água ribeira, e como aqueduto, saí do paraíso. Eu disse: Regarei as plantas do meu jardim, e fartarei de água o fruto do meu prado. E eis aqui se fez o meu regato um caudaloso rio, e o meu rio veio a competir com um grande mar; Porque a luz da doutrina com que a todos ilustro é como a luz da madrugada, e eu a manifestarei por toda a sucessão dos séculos. Penetrarei todas as partes inferiores da terra, e lançarei os olhos por todos os que dormem, e esclarecerei a todos os que esperam no Senhor. Eu espalharei ainda uma doutrina como profecia, e deixá-la-ei aos que andam em busca da sabedoria, e não cessarei de a derramar pela descendência deles até o século santo.Vêde que eu não trabalhei só para mim, mas para todos os que buscam a verdade”. (Eclesiástico 24)

Provérbios 1;5 – Ouça o sábio e cresça em prudência; e o entendido adquira habilidade, 6 – Para entender provérbios e parábolas, as palavras e enigmas dos sábios. 7 – O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino. Sabedoria 6;14 – Ela se antecipa aos que a cobiçam, de tal sorte que se lhes patenteia primeiro. 15 – Aquele que vigia desde a manhã para a possuir não terá trabalho porque ele a achará assentada à sua porta.

8-Mas, o que devo fazer? Afinal, o que depende de mim mesmo? Muito pouco depende de nós e mesmo assim somos negligentes. Vejamos os preceitos de (Miquéias 6;8) observando o que o Senhor pede de nós, senão que pratiquemos a justiça, amemos a misericórdia e andemos humildemente com o nosso Deus. A seguir, pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. (Mateus 7;7). Invoca-me e te responderei (Jeremias 33;2,3). Luta comigo e eu te abençoarei (Gênesis 32;28). Pede-me Sabedoria e Eu te manifestarei os meus mistérios (Eclesiástico 16;25) e farei com que conheças as sutilezas dos discursos (Sabedoria 8;8), para que saibas quem é o teu Pai; quem é o teu Guia e Pastor e quem é o teu Mestre (Mateus 23;1 a 39) pois ninguém toma essa honra para si mesmo (Hebreus 5;1,4). Então você entenderá tudo (Jeremias 23;20 e 30;24), porque todos me conhecerão (Jeremias 31;31 a 34) (Hebreus 8;8 a 12), porque nascestes novamente (João 3;3 a 7) e saberás até mesmo, que as Trevas e a Luz são a mesma coisa (Salmos 139;12) e (Isaías 45;7) porque o Pai e o Filho estão em tudo o que foi revelado, mas somente o Pai está em tudo o que não foi revelado, pois o Pai é maior do que Eu (João 14;28). Então se abrirão os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos. (Isaías 35;5).

Finalmente, é extremamente desejável que, optando por essa procura, “Narciso, Apolo, Baco, Éros e Afrodite” sejam ignorados por completo, pois o culto a eles, caracterizado na super auto-avaliação dos dotes físicos, intelectuais e outros, afugentam a nobre Sophia, que simplesmente desaparece. A humildade engrandece aos que a ostentam e abre portas e janelas para a entrada do conhecimento. Além disso, a arrogância e a presunção que sempre nos atormentam a todos nós, devem ir para o cesto do lixo.

“Nunca é tarde demais, nem cedo demais. É quando deve ser. É quando Ele quer”.

“Se não houver frutos, valeu a beleza das flores. Se não houver flores, valeu a sombra das folhas. Se não houver folhas, valeu a intenção da semente”. (Autor desconhecido)

Seja persistente, na sincera busca pelo conhecimento essencial. É um caminho solitário e difícil, mas é nele, exclusivamente, que se pode, eventualmente, encontrar o magnífico e precioso Tesouro! Boa Viagem.