Poeta é invenção
Poeta é invenção.
O poeta nada mais é do que a invenção de si.
Um olhar menos racional.
Um pouco mais sensível.
Um tanto mais sofrido.
Um tanto mais romântico.
Um pouco menos rigoroso.
Até na ortografia.
Quer prosear, mas prosear de forma mais artística.
De fato o poeta é uma invenção de si.
Que vai tentando e se testando.
Vai aprendendo a escrever...
Vai escrevendo do que sente...
Do que come, do que bebe, do que ouve, do que fareja, do que toca, do que constrói em si...
O poeta é mentira pura ou auto realização.
Poeta não é vocação é reinvento...
É observador...
É editor de sua própria vida...
É testemunho de um mundo imaginado...
De um mundo idealizado...
Poeta ninguém é, até ser consagrado pela impar poesia...
Até descobrir a si mesmo...
Revelar o que por tempos estava velado aos olhos...
É se desnudar para o mundo.
É aceitar a própria loucura como a sanidade de si.
O poeta é louco que o mundo precisa para sorrir.