Ainda tentando descobrir o valor real de um barraco
dedico este texto a uma dupla de pessoas que, por razões que desconheço, estão sendo pedras no meu sapato. Pena que elas não têm por hábito navegar na internet e nem ao menos o lerão. E se lessem, acaso entenderiam?
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Já faz algum tempo desde meu último barraco... naquela ocasião, toda a minha agressividade de nada me valeu. Saí injustamente culpado. E todo desrespeito à minha condição de ser humano foi desconsiderado.
E pisaram no meu calo novamente. Começo crer que é intencional. Hoje, foi de novo um dia de ira, e, estranha coincidência, as situações desagradáveis envolviam as mesmas pessoas da vez anterior. Desta vez, porém, agi de forma diferente.
Troquei a agressividade pela combatividade. Parece igual, mas não é. Troquei ainda a fala rasgada pela ironia. Os berros emocionados e convulsos pela argumentação consciente e em voz baixa. Fui frio. Meu lado mais passional e intenso sofreu, confesso. Deixei que ele se manifestasse apenas pelas faíscas no olhar, que reprimir isso chega a ser covardia.
A minha adversária, se assim posso chamá-la, tremeu, espumou de raiva e, dessa vez, quem levou a pior foi ela. E com que gosto deixei a sala de reuniões, eu quase bailava no ar. Mesmo a "juíza", ou melhor, pessoa que tentava mediar a situação, pois não era imparcial e demonstrava sua clara indisposição comigo, teve de dar o braço a torcer e encerrar o assunto.
Fico feliz por ter vencido e feliz por ter confirmado que o barraco nada resolve, mas que existem outros meios de se afirmar enquanto pessoa e ser humano, ainda que permaneça triste por ter problemas nos locais aonde vou para resolvê-los... Penso agora que talvez o ideal fosse não reagir, mas minha resignação não chega a tanto.