Reflexão de um melancólico solitário diante de um domingo igual a todos os outros

Talvez seja um delírio, um golpe de ingenuidade ou quem sabe um desnecessário apelo às emoções humanas? Fico à mercê de tais julgamentos, por meio de diferentes avaliadores, quem os seja. Em suma, é demasiadamente clichê o tema que irei dissertar e Vênus, tenha piedade deste pobre mortal sem diploma acadêmico! Afinal de contas, qual é o sentimento de maior expressão que possuímos? Se sua resposta é composta por quatro letras e quase sempre ligado a um órgão vital do corpo, estás de acordo comigo. Ah, o amor! Um dos únicos ainda isento de intervenções ou tratamento pela indústria farmacêutica.

Descargas de hormônios em nosso corpo, combinadas à palpitações, sensação de frio na barriga, somando uma dose de leveza e felicidade adquirida quando se avista amados ou amadas. O amor é um assunto flexível, já que é atemporal, multicultural, expresso de variadas formas, seja em qual objeto ou item em particular. Porém, sem me prender a tantos, vou-me logo ao tópico de qual gênero de amor irei abordar: o romance, a paixão e o sentimento cultivado entre duas pessoas.

Não citarei discursos científicos ou me agarrar em textos consagrados, como os de Shakespeare ou do "Banquete" de Platão. Também quero enfatizar que o amor é anarquista, vive de forma que nunca e jamais haverá regras, assim sendo, de caráter único ( e vale constar, livre dos estúpidos preconceituosos e estereótipos). Podes ver? Podes sentir? Podes viver? Oras, não há como realizar a terceira premissa sem antes passar pelas duas primeiras. Por quê? O amor altera todas elas, uma a uma. Se vejas o amor, logo podes senti-lo, se sentes, então o vive.

A vivência de tal, possibilita a construção de um palco, aonde os amantes dançam sem serem dançarinos. Se transformam em poetas, escritores da própria história apaixonante, dramaturgos que fazem de pequenas curtas na vida dignas a receber Oscar's. São pintores também, pintam o preto e branco do mundo. Desenham formas em um papel branco e fazendo um origami, dão vida ao pássaro que voa aos céus, conquistando ares e desbravando limites.

Por que não também não são os amantes piratas? Pois eles navegam a um horizonte novo, enfrentando tempestades e desfrutando de águas calmas. Porém não precisam se atirar em busca de tesouros mitológicos, pois, dentre de cada amante, jaz o maior de todos e mais valioso tesouro que é o tal amor. E quantas canções em nome deste foram exaltadas? E palavras escritas? Pois, se existe algo que cabe à palavra imortal é as quatro palavras que formam: AMOR

Diego Modesto
Enviado por Diego Modesto em 13/07/2014
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