A piada do alguém é ser algo

Duas conversões no meio de um caminho: O mundo e o ser, e bem no meio, a razão, operante numa construção sólida.

A dança em questão é a do sábio, que diz: -eu sei. "Dance comigo."

Dançamos sim, dançamos e rodopiamos nas tempestades lógicas lançadas, nos perfazemos com os caminhos refletidos, e por traz de toda mácula, eis uma nuvem que se dá, e que já partiu fazem tempos, e que se repete na medida dos seus dizeres.

Só que ele, o sábio, é pouco conhecido no meio. Digo no meio no sentido de que é pouco festejado. Já o poeta, um sábio sem figura aparente, na sua necessidade de conexões presenciais, esse edifica sua passagem. Ele é aquele que cria, aquele que faz nascer sentido, que traduz os anseios, que enxerga a simplicidade e se lança como uma pena leve, que raramente é percebida, diferentemente do sábio, que mais parece um tolo, desafiado e atentado a discordar da construção à reivindicar seguidores.

Mas não sou eu quem diz isso. O exemplo vem das almas que se levantam e seguem-no (o poeta), espantadas. O maquinar de sua manifestação coloca luz a toda sombra velada, e desse modo, sua afinação é logo seguida, seja na arte de criar objetos dos mais simples, até fundar símbolos que darão significado ao mundo e aos seus seguidores.

Se entendem a piada do ser poeta, onde estiverem, a piada do dia é ser seguido.

......

continua.....

Pingado
Enviado por Pingado em 10/07/2014
Reeditado em 10/07/2014
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