A Verdade e a Beleza
Há várias possibilidades para uma única verdade e ela se mostra conforme o grau de assimilação e entendimento de cada um, revestida do aspecto mais assemelhado à faceta que é familiar a cada espírito, pois podemos mostrar a faceta mais bela da verdade que temos para alguém, com todo vivo entusiasmo da verve que dimanar do nosso ser, criando uma imagem para nós bela e impoluta e essa imagem ao ser mostrada para o outro lhe causa desinteresse, desdém até. Mas isso não enuncia que o outro seja infenso à beleza, nem que o que acreditamos ser belo é o Belo em si e que o outro seja um simplório. Talvez todos nós tenhamos o mesmo apreço e damos o mesmo valor para a Beleza e a Verdade, porém sempre ao serem externadas essa beleza e essa verdade se deformam, pois consubstanciadas a elas outros elementos menos puros vão se impregnando e escoimá-los é imprescindível. Não se pode ignorar. Tudo está relacionado ao cabedal - o conjunto dos bens intelectuais ou morais - de cada um, o qual dará mais ou menos pureza à Verdade ou a Beleza que transluzirão do ser quando o mesmo for exteriorizá-las.