Fantasia
Penso que a maioria está confusa diante da ideia de fantasia, pois dizem que fantasia é aquele pequeno mundo que se cria para si mesmo, fora da realidade e paralelo a ela, onde cada um vive a vida ideal, porém corrosiva para o indivíduo e sua sanidade.
Essa é a definição de fantasia que aprendemos desde pequenos. Entretanto, minha definição é diferente, contrária, para ser mais exata. A maioria dirá que está errada, todavia, o que é certo e errado quando se mergulha na imaginação humana?
Idealize-se em uma caixa de aço, grande o bastante para que você fique em pé e toque as paredes grossas sem esticar os braços. Seus movimentos dentro da caixa são limitados, assim como sua força, portanto qualquer golpe brusco à procura da liberdade é inútil. As paredes de aço são as pessoas que te querem mal e compromissos que não te levarão a coisa alguma. As limitações da sua realidade te aprisionam como uma caixa de paredes grossas e resistentes, como aço que não permitem que você mude sua vida tenha liberdade sobre seus próprios movimentos.
Imagine, agora, você procurou meios de sair da caixa e, por fim, encontrou uma maçaneta escondida da sua visão caso não se abaixasse até a altura de seus joelhos. Essa maçaneta abre uma das paredes o bastante para que você passe e saia da caixa de aço.
Do lado de fora, você está livre para esticar seus braços e andar para onde quiser. Não existem paredes para limitar seus movimentos, você é finalmente livre para mudar. O lado de fora da caixa é a fantasia, seu desejo por liberdade, que não corrói o homem, nem danifica sua sanidade, pelo contrário, mantém o indivíduo são e de olhos abertos para o que há, realmente, ao seu redor. Insanos são aqueles que tem medo de se aventurar para fora da caixa; enfrentar o desconhecido é o que nos torna mais fortes.
Fantasiar é fugir da caixa. Nela não existem paredes de aço, a única limitação do homem são as paredes construídas pela sua própria mente.