Monólogo
22 de outubro de 2012 às 20:00
Ø O que me deixa triste?
I Ato. Falando com as paredes
- Porque as pessoas insistem em dividir quando podemos juntos e simplesmente somar... Talvez certa timidez ou medo de ser feliz, pois tudo que nos faz feliz causa medo, pânico, pavor, agonia... Para o inferno essa vontade de se debater com a verdade do sentido. “O dever Moral”.
- Frustrações, ou bombas caem sem razão. Permeando o consciente individual dessa geladeira vazia, mas o fato é que chove em uma festa ao ar livre, acabando com nossos sonhos, ali em má hora chorei!
- O sorvete delicioso caindo em um asfalto quente, a sopa no varal agora arde em tomar a boca segura, sente a velha imagem que reflete o tempo, sentimentos perdidos olham para este espelho maldito. Quantas vezes meu orgulho foi ferido, e minha alma perturbada. Posso ver toda minha reputação atingida e a segurança ameaçada diante das rugas do meu rosto...
- E se acaso minha propriedade é destruída? Se o meu amor próprio é ferido? Enfim, se me impedem a liberdade? Logo estaria morto e sem voz,. Isso me deixa realmente triste. Por isso rogo a todos os Santos que nunca se depare com tamanha tristeza. É a mesma coisa de se encontrar com o Diabo Zebedeu, desarmado e sem a armadura.
II Ato. Dessa forma me encontro caído ao chão
- A delícia da vida é chutar frequentemente as formas, e sair dançando coberto de serpentinas, mas quanta força me falta nesses dias de calor repleto de trovões, o caos em formas simples e natural, comemorando o horror público. E esse povo do morro, das vielas, o pornô uma sinfonia gritante que reverberam nas batidas de tambor. É carnaval? Quanta verdade deve ser o caralho que for!
- A pelada da vinheta sobre a inocência da “palheta” de cores? “O grande gozo” chega ser até mais importante que comida, e comida é água, bebida é pasto e tenho fome de quê neste momento? Se ao menos esse barulho não atrapalhasse minha meditação, conseguiria ser um pouco feliz dentro de mim.
_ Silencio, devemos dividir e vender pedaços de gente por ai, essa gente muda, surda, alienada e burra, ou seja, vamos vender toda essa gente calada em pedaços no mercado. Colocaremos tudo em uma caixa bem amarrada com uma etiqueta importada, assim, o ser deve valer muito mais...
III. ATO. Comércio de pessoas
- Quer saber! O mudo para o mundo, este alvo de sua própria ignorância. Voe, voe linda borboleta enquanto não se transforma em gente.
- Vai voando e contornando com suas imensas asas acima do “ego” dessa imensa plantação de princípios enraizado que beira por toda essa estrada. “Eu” estou louco ou triste? Cada rosto habita seu esconderijo e o ator nessa divina comédia que a vida, se protege com máscaras de uma sociedade preconceituosa, sempre pronta para atirar suas pedras.
- Uma pequena pausa borboleta, (reflexão) antes de subir as escadas da fama tire uma foto que o tempo se encarrega do resto. Antes de abaixar as cortinas da loucura, sua imagem permanecerá fragmentada, arquivada e congelada. Porém, a geleira está derretendo e diluindo as emoções, as sensações, no entanto agora são simbólicas.
Pares de sandália que percorre a mesma estrada, bloqueios e pedradas, mas sua arma nunca foi e nunca será a palavra. Anos dentro desta caixa fazem do ser um terrível odor.
IV ATO. A morte
- Quase achou?
- Quase pediu?
- Quase inovou?
- Desceu o degrau com os sapatos na mão, correndo em direção dos moinhos de vento, mas não encontrou ali seu pobre amor. E foi apenas um adesivo que o impediu de abrir a porta, desesperado em abrir a grande porta, esparramado atirou fogo para todos os lados. Um verdadeiro juiz na hora do show, levando a morte novamente seu personagem.
- Cobiçado caçador matou seu protetor!
V ATO. Segue o leito de linhas entristecidas
- Espirrei sangue em linhas paralelas, suando ao som de letras iradas, fui rasgando os panos continuamente remendados no despertar desse pesadelo.
- Descobri que, toda angustia desse mundo na verdade são Gigantes, e gingantes são apenas moinhos de vento. Sinto muito não pensar como uma boneca de pano, que, sapateia, esperneia e geme sozinha neste velho conflito entre o velho e novo. Na verdade sei que não estou morrendo, mas evoluindo como uma minhoca em novo anzol dentro de um peixe por muito tempo no mesmo lugar...