FILHOS
Não entendemos o significado até eles realmente, entrarem em nossas vidas.
Por falta de conhecimento, muitas vezes, nem os desejamos, porque imaginamos, o quanto vão nos dar trabalho, exigir atenção, o custo de criar, as noites de sono que vamos perder, as preocupações que vamos ter, as coisas que vamos deixar de fazer, são tantas coisas que as pessoas costumam falar, que até tememos ser mães.
Eu nunca sonhei em ser mãe, acho que sempre fui muito livre para me prender a um filho, pelo menos era o que eu imaginava, mas, as coisas não funcionam assim.
Um dia, eu vi chegar a primeira. Quando o médico a mostrou, pequena, vermelhinha, cabelos negros, e do nada, senti as lágrimas descerem pela face, sem sequer saber o porquê, mas, é como se ela sempre tivesse feito da parte minha vida, na verdade, era como se fosse, a minha própria vida.
E, com o passar do tempo, vi aquela criaturinha crescer, sorridente, olhos brilhantes, cheia de vida, energia, com aquelas mãozinhas pequenas, querendo me acariciar, procurando proteção e aconchego nos meus braços.
Não existe um sentimento tão grande, tão intenso quanto esse, para ele, não existe uma explicação, um significado lógico. Todas as nossas barreiras vão abaixo, com um simples olhar, uma risada gostosa, um toque sincero, um beijo no rosto sem motivo.
E cada dia que passa, o amor aumenta, o carinho aumenta, e não sabemos de onde vem tanto amor, tanto fascínio.
E quando chegou a segunda, todos os sentimentos surgiram de novo, com a mesma intensidade, grandiosidade e esplendor da primeira.
Aquela garota levada, sapeca, incansável, fazia valer cada segundo da minha vida.
Vê-las crescer juntas e felizes, sempre brincando, rindo, correndo, pulando, com um milhão de perguntas, dúvidas, é uma coisa esplêndida, maravilhosa, sem explicação. Só sei, que me sentia, e me sinto sempre, feliz e realizada.
E nessa mesma alegria, recebi o meu caçula, tão doce, quieto, tímido, mas, sempre cheio de carinho para dar.
Com os filhos, nós renascemos, nos tornamos pessoas diferentes, mais abertas, e por incrível que pareça, mais livres.
Um dia, lembro que em um debate, me perguntaram, o que era ser mãe. Eu respondi: “Não sei. Acho que porque eu não nasci para ser mãe, nunca me vi como uma, mas, Deus em sua infinita bondade, me presentou com as três crianças mais maravilhosas do mundo, e foram elas que foram minhas mães, pois a mais velha, sempre teve o pé no chão, foi sensata, justa e compreensiva. A segunda sempre foi só amor, bondade, alegria, sonhos e imaginação e o terceiro, carinho, aconchego, amor puro e singelo. Então, não sei se foi eu que fui uma mãe para eles, ou eles que me tornaram uma mãe. Só tenho certeza de uma coisa, eles são a minha vida”.
Só Deus, para nos abençoar com seres tão lindos e maravilhosos e cheios de amor.
E por fim, estou tendo a magnífica vitória de vê-los crescer, vencer, lutar, e tudo isso me deixa cada vez mais feliz.
Acho que ser mãe, é o maior presente que podemos receber, e não falo só das mães que geram, mas, daquelas, que mesmo sem ter colocado um filho no mundo, conseguem ter tanto amor, para dar, aquelas que nasceram para ser mãe, e as que aprenderam, como eu.
E hoje, agradeço mais uma vez, a Deus pelos filhos maravilhosos que ele me deu.