Conversa com meu travesseiro

Sozinha em casa penso em nóis dois...

Dessa vez não foi diferente: não brigamos por convições políticas, música, cigarro, ou futebol. Sempre brigávamos pelas sentimentalidades.

Ele tinha me mudado sem perguntar se podia; ele me deixou transtornada. Não me reconheço mais, não converso comigo sem me achar estranha...

E lá eu sabia o que era ciúmes antes dele entrar na minha vida? Há alguns anos as coisas eram completamente diferentes. Ele me invadiu por completa e não me deu tempo de rerpirar sozinha.

Diz sempre que me ama eternamente mas, denovo, me abandona no leito ainda quente. Me deixa assim transtornada e eu nem entendo o porque.

Dessa vez minha reação não foi diferente: chorei e passei a noite pensando em como ele fez isso e em como EU poderia fazer isso... Achei um assunto para passar a noite em claro refletindo.

Mas de que adiantaria ficar SOZINHA pensando nisso? O alvo dos meus pensamentos estava longe e fora do alcance da minha voz.

Chorei sozinha pelos cantos da casa. Chorei para lavar minh'alma, pala livrar meu coração das amarras da angústia.

Decidi, novamente, que iria guardar pra mim. Decidi fechar na caixinha do meu coração.

Meus únicos companheiros eram minha CUBA LIBRE e meu peixinho azul.

O resultado disso: Uma baita dor de estômago e mais um saco para o meu pesado fardo.

Gabriela Mendes
Enviado por Gabriela Mendes em 13/05/2007
Reeditado em 08/03/2010
Código do texto: T486155
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