Apresentando-me

De todo o complexo, vejo um caso desconexo, ninguém compreende que é o avesso e só aposta em um "não concreto", um achismo bobo, cheio de resquícios infundados, um tal passado que para mim, já deveria estar esquecido, mas que insistem em lembrar. Deixa estar, esquecer, cessar, para mim não existe nada, além de um borrão, uma poeira no chão bem do tipo que se tira com uma vassoura.

Sou bem resolvida, com todos os dissabores, aprendi a apreciar os amargos da vida, para que com eles resguardasse o deleite dos momentos bons.

Minhas dores são perenes, efêmeras, rasas, não nasci para viver triste, de fato, já nasci emburrada. Sou bem do tipo que tenho a "cara fechada", de poucos amigos, como se sempre estivesse brava, mas não, é pura fachada, sou um poço, meeiro, de graça.

Sou maleável, não engabelavel, na maioria das vezes. Não sou muito reservada, se me sobe o sangue, se me encher o saco, não me responsabilizo pela minha fala, concordo que as vezes deveria evitar falar algumas coisas, que se fazem desnecessárias, mas já foi, já foi tudo falado. Palavra não volta atras, mas eu também não, então que se "torça", quem não me atura que se exploda.

Já comentei sobre a senilidade da pessoa que vos fala, tão velha quanto uma senhorinha chata, chata ao extremo, por que não fui feita para ficar em cima do muro, bem como o sol e a a lua, sem mais e sem complemento.

Meus sentimentos são maiores do que o meu próprio controle. Eu, infelizmente, quando amo, amo demais, quando odeio, odeio demais, quando garro ranho, quero nem ver...comigo não existe meio termo, eu sou assim, extremista, ao extremo, eu vivo por um segundo e vivo intensamente.

Quem quiser que me defina, pela sua própria concepção, me chame de louca, desregrada, fora de controle, rebelde sem causa, maluca, pirada, desmedida, desequilibrada....eu sou eu, e não mudo, de sincericídio não morrerei, mas engasgada também não, se tenho vontade, direi, infelizmente não medirei, por que é espontâneo, como respirar.... grosseria?! sou eu em essência, tal qual a rusticidade de uma madeira, eu sou assim, sem tirar nem por, mesmo que encontre-se, no fim, bem no centro do final, um "quê" de favo.

As vezes as pessoas me enchem, me suplantam o limite de suportabilidade, mesmo que eu goste muito delas, elas me torram a paciencia, então eu me afasto, esqueço por um tempo, para poder desintoxicar da pessoa, e ai não precisar joga-las para fora da minha vida. Sim, joga-las, como se tivesse agarrando-as pelo pescoço e tacando-as nas ruas da vida.

Não é que as pessoas sejam descartaveis, para mim, pelo contrário, eu adoro gente, adoro ampliar meus círculos, adoro estar cercada de pessoas, adoro manter contato. o problema é que as vezes, as pessoas sufocam, magoam, machucam, ferem fortemente o que você tem de mais sagrado, e mesmo que elas não percebam que estão causando isso, você sofre e o que eu acho é que o ato se afastar-se de tudo que não faz bem, é o melhor a fazer.

Meu extremismo é assim, tipo perdas e danos, conquistas e amores, dissabores e sabores.

Minha avozinha já dizia que na vida, nem sempre a gente ganha, e que a gente tem que optar, saber escolher e aguentar as consequências. Dizia ela, que nem sempre tudo vai ser um mar de rosas, mas que também não será o inferno instalado.

Eu sempre preferi acreditar nela, e faço isso até hoje, a vida é perder e ganhar, e apenas nos podemos escolher como encarar.

FauS
Enviado por FauS em 24/06/2014
Reeditado em 24/06/2014
Código do texto: T4856279
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