Ciúmes

A gente não escolhe a dedo o que queremos sentir. Seria fácil demais, e sabemos que sempre tem um espeto nas nossas costas nos movendo da forma mais difícil e dolorosa. Não podemos decidir sentir ou não essa coisa ruim, essa dor ruim. Ela simplesmente aparece quando a gente não está com alguém, e nem mesmo conseguimos explicar quão ruim é. Não sei se é saudade do cheiro e da voz, mas não deve ser já que não faz nem uma hora em que nos distanciamos. Talvez seja ciúmes. Ciúmes da sua cabeça. Ciúmes dos seus desejos. Das pessoas que recebem o seu olhar. Das coisas que você deseja acreditar e das coisas que você fica a pensar. Até mesmo do ar que está te abraçando agora e da mensagem de quem você está esperando apitar. Do texto que você lê e de quem você não quer se distanciar. Tenho ciúmes disso tudo, misturado com saudade. E é tão ruim, me deixa triste. Eu mesma faço isso comigo. Mas entenda a sua importância e que parar de me importar eu não consigo. Por isso me desespero em te ter comigo, porque me faz tão bem, o seu sorriso e ombro amigo, rindo como resultante do meu gosto. Até hoje não entendo seu encanto, garoto.

Luíza Oliveira
Enviado por Luíza Oliveira em 23/06/2014
Reeditado em 23/06/2014
Código do texto: T4856176
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