Céu e Fascinação
A sensação de fascinação ao olhar o céu, as nuvens, estrelas e cores que se mesclam com o passar das horas, surgiu desde quando eu era uma pequena criatura neste mundo. E isso logo se manifestou em sonho: “-Quero ser astrônoma”, só para estar pertinho dessa imensidão de paz. Mas, os desejos de criança são efêmeros, e só nos damos conta disso depois que crescemos.
O fato é que aumentei de tamanho e não mudei totalmente. Tento preservar um pouco que seja de toda aquela inocência que deixava a vida leve como o vento. Esse pequeno ser que habita em mim , consegue flutuar quando observa o céu e rir à toa, de maneira quase ou totalmente boba. Os anos se passaram, não muitos deles, mesmo assim houveram mudanças perceptíveis cá em meu jeito, pensamentos e sonhos. Tudo o que aprendi foi incrivelmente pouco se compararmos com todo o conhecimento que há no mundo e minha vontade gigantesca de saber mais e mais.
Conheci a arte, não sei dizer cronologicamente quando isso me ocorreu, mas isso pouco importa. Me apaixonei perdidamente, de modo que não posso viver sem a presença dela. O mundo artístico me trouxe aquela mesma sensação de observar o céu e me abster do mundo real, palpável. Enriqueceu meu imaginário de um modo avassalador. Roubei a fotografia para o meu ser e furtei novamente o ato de desenhar. Ainda é pouco, mas essa pequena quantidade de consumação artística consegue me fazer feliz e completa num grau inexplicável. A arte é capaz de fazer uma conexão entre mundos, entre real e imaginário, entre o modo como os seres-humanos são capazes de reproduzir a natureza e toda essa maravilha divina. Fazer arte com o coração é uma maneira de agradecer por ter contato com essas preciosidades e expressar toda essa fascinação por apenas observar.