Moro na estrada dos meus 16 anos
Moro naquela rede
que vez ou outra balança na varanda.
Ela faz adormecer um sonho
porque é no sonho que meu sonho vive.
Moro no canto da cigarra
que sente saudade da chuva,
aquela que me fazia dançar lá em Minas.
Moro na simplicidade
de quem nunca teve um lugar pra descansar
a cabeça agitada,
moro numa alma desabitada
de todos os lugares que cabem dentro de mim.
Ainda moro na estrada dos meus 16 anos
e ela parece nunca ter fim...