Simplesmente Complicado

Hoje eu tive a oportunidade, após muito tempo, de assistir um filme.

Digo após muito tempo, por se tratar de um filme sobre sentimentos e relações, o qual consegui assistir inteiro, sem críticas, comentários ou interrupções.

Quando se está casada, como no meu caso, para viver em certa harmonia devemos fazer algumas concessões e ultimamente tenho feito muitas.

E pensando bem, a maioria dos relacionamentos só prossegue com a determinação dos dois, em fazer concessões.

Mas até que ponto isso está correto?

O fato de ceder sempre, me faz questionar, pois estou vivendo um relacionamento onde um dos lados está cedendo mais ou somente...

Será que existe um limite?

Um tênue fio que separa a razão da submissão?

Ou limites devem ser deixados de lado, pela simples convicção de fazer dar certo?

Se não tivesse dado certo, teria dado errado?

Mas será que realmente deu certo?

Ou seria apenas uma maneira de ocultar o que está inegavelmente perdido?

Algo que se perdeu ao longo dos anos e foi inconscientemente negado...

Será possível uma pessoa se enganar, a si própria, por anos?

E o amor próprio?

Mais lógico dizer que dá certo pelo tempo que dura o relacionamento?

Dure o quanto durar, da maneira que durar, devo levar em consideração os sentimentos envolvidos, o tempo e as experiências vividas?

Devo me fazer de cega, para fazer dar certo?

Toda relação onde envolve duas pessoas e sentimentos, é complicada.

Somos indivíduos, tentando sobreviver.

Somos indivíduos que fazem projetos, planos de viver juntos.

Não deveria ser dessa mesma maneira, quando os sentimentos que os uniu acaba?

Deveria ter o mesmo cuidado, para não magoar.

O mesmo cuidado e planos, até que cada um possa caminhar sozinho novamente.

Mas isso, nunca acontece.

Tudo passa a ser enganação e dissimulação.

Ou submissão e negação...

Por amor, por respeito ou quem sabe por simples comodismo, as separações são sempre complicadas, assim como qualquer relação.

Tudo é Simplesmente Complicado.