Maresia I
Por onde andam teus olhos de maresia? Já não os vejo a desfolhar poesias, a descobrir caminhos como distantes árvores desnudas outonais. As pétalas se vão com as flores que se soltam em rodopio de liberdade constante e feliz, e penso cá, que apenas teus olhos são de maresia morna, insistente e diáfana. Enquanto desfolham, teus lábios riem do quase deleite que te causam as palavras derramadas carinhosamente na branca folha de papel que branca vive algo inusitadamente novo.