Maresia

Cá por estes lados de imensidão azul cabem teus olhos de maresia quando tudo é ausente e profundo. Penso que talvez de longe e do sem fim me escutes e meu pensamento te toque. Cá deste lado do mundo para além das ondas, povoas o imaginário de sorrisos com cheiro de terra molhada e perfume de alecrim. Brindemos então a tudo o que se move com o vento em liberdade, a toda poesia que não conhece limites e transpõe barreiras. Brindemos ao sonho do azul, às velas dos barcos em prumo, a solidez dos desejos que movem os rumos incertos. Amanhã talvez seja setembro, talvez esteja azul e talvez teus olhos enfim repousem em algum porto seguro”.