Viver...

E aos poucos o tempo por si só resolveu agir, não que eu tenha deixado de te amar, mas é que não faz mais sentido seguir assim. A distância consequentemente nos distanciou, atrapalhou. Há quem diga que a maior distância para quem diz que ama é aquela que surge entre a mente e o coração, eu posso até acreditar que seja esta mesmo, mas cá para nós, não vivemos só de lembranças, isso para não ser grosseira e dizer que que não devemos viver de passado. Lembranças são frutos, são lindas, são belas; ‘lembra’? Lembranças! São laços que enfeitam todo o presente, são flores que perfumam todo o jardim da vida, mas que não podemos viver presos ou somente nelas. Somos humanos, somos pessoas, sentimos carência, não falo do termo vulgar, mas aquela carência de ter alguém por perto, não somente fisicamente, mas principalmente espiritualmente, ‘todo mundo’ sente necessidade de alguém, alguém que possa nos ouvir e que também queira falar, que cuide e também precise de cuidado, que saiba amar e também precise ser amado por outrem, mas quase sempre nos esquecemos disso, nos esquecemos de que são as coisas simples que nos interessam e nos impressiona e tudo isso é simples e completo, esquecemos que nessa simplicidade tudo se torna mais verdadeiro, mais claro, mais puro, mais fácil e a vida ela de alguma forma se torna mais amável e fácil de viver, acredite!