Deus e o Diabo na terra das dicotomias.

A questão que se propõe é discutida, com uma relativa novidade, nos mais variados pontos do mundo contemporâneo, devendo ser tratada de forma mais clara. Novidade porque é fruto do Século passado, mas que ainda não é posta de forma franca, correta e sincera. Mas, afinal, qual seria esta questão?

“O Diabo é o pai do Rock”, dizem uns; a proposta não é absurda, visto que não devemos tomar a proposta em um sentido literal. Enquanto expressão de desobediência, o “Diabo” não é só pai do Rock, mas também é sua finalidade, seu propósito.

Peguemos o Rock como um dos principais instrumentos das revoltas culturais do Séc. XX, desde as manifestações operárias aos grandes festivais coletivos que nos legaram incontáveis conquistas nos campos cultural, social e jurídico.

Diversamente, podemos considerar que “Deus” não é só o mentor, mas também o grande benfeitor de algumas manifestações culturais como, por exemplo, os regionalismos, visto que estas pragas não são mais do que passividade, omissão, letargia.

Enquanto o “Diabo” é a expressão mor da irresignação, “Deus” é o seu contrário, ou seja, no contexto acima exposto, demonstra ser a máxima expressão da resignação, resignação esta, doentia por sinal.

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"Post scriptum" 1: Não devemos nos esquecer da vertente do rock and roll que mais expressa um espírito de irresignação; o Metal, sobretudo o Heavy Metal.

"Post scriptum" 2: Não devemos opor o que aqui foi exposto tão somente as pragas regionais, mas também a tantas outras debilidades inapropriadas que não diferem em nada daquelas.