"Entre a brutalidade para com o animal
e a crueldade para com o homem,
há uma só diferença, a vítima"


 
O ser dito "racional"
comete atrocidades
na maior tranquilidade.
 
A cada ano
aumenta-se a lista
de bichos extintos,
ou ameaçados de tal
desrespeito.
 
Não satisfeito,
ele explora e descarta
animais de tração
ignorados em sua aflição,
cavalos, burros
mulas e jegues...
Entregues
à própria sorte,
ou, são levados à morte.
 
Cães e gatos abandonados,
companheiros de quem mesmo?
Do frio e da fome!
 
Nos laboratórios
impera o sofrimento
em testes cruéis e obsoletos.
 
Movido pela ganância,
caça baleias e focas
tortura ursos e gansos...
Rouba a vida,
presas e chifres
do elefante
 e do rinoceronte.
 
No tráfico,
mínimas "embalagens",
máxima insensatez;
feridos, famintos, sedentos...
Reduz os bichos a objetos,
quase a  metade
morre no trajeto.
 
Priva em gaiolas
a beleza do voo.
 
Na solidão do zoo,
estresse e desalento.
 
No circo
animais trabalham,
a dor é o salário!
O que resta?
Saudade da floresta.
 
Em “festas” e “diversões"
simples e sofisticadas:
pescas e caçadas,
rinhas,
farras,
rodeios,
touradas...
Inarráveis maus tratos!
 
Estulto tirano,
o ego gigante aprisionou
o seu lado humano.
 
Exploração covarde,
a crueldade se passa
por coisa normal,
"cultural".
 
Barbárie legitimada,
a mídia celebra
a culinária cadáver,
para o lucro de poucos
e prejuízo geral;
devastação ambiental,
insustentabilidade.
 
Animais,
criaturas sencientes,
almejam somente
existir em paz!



(1ª publicação / março-2009)