Resenha do reencontro.
Amor,
Não precisaria dizer que senti tua falta.
Talvez,
Se minha inquietação se escondesse,
Se meu coração normalmente batesse – e não simulasse uma bateria do
Samba das escolas...
Se o que vivo na tua ausência não se assemelhassem apenas a esmolas.
Se eu não sofresse por tua ausência – eu sei, que provoquei, escolhi,
Acovardei, me perdi.
Mas se não houvesse o sofrimento, o nascer e o por do sol não seriam tormentos.
Ouviria ainda Jeneci, Caram, Taviani, e todos os outros.
E sem sentir um amargo gosto, escreveria então.
Minha ousadia outra vez, me aproxima, ainda que de forma temporária de você.
Sinto em meu peito, o coração arrefecer...
Quando a saudade além de não me deixar, me espezinha, fazendo nulas As outras alegrias.
Pois o que eu amo fazer, tudo, as paisagens, a natureza, a engenharia e engrenagem de todas as coisas me lembram você.
Não me arrisco a ir a muitos lugares, ver um monte de coisas, pessoas, textos, musicas...
Pois em tudo você está.
Todavia, ao invés de mais perto, me fazem te perceber mais distante.
E a dor eu não posso conter.
Posso me segurar.
Para não enviar um SMS, responder um e-mail, fazer uma ligação...
Mas não posso negar, nem mesmo pra mim, o quanto AMO você.
Controlo-me.
Não te tocando, não te cheirando, não te sentindo...
Não te chamando de meu amor, meu doce, meu Big, minha vida...
E você...
Aceita e retribui meu abraço.
Sente a batida quase percussiva do meu peito.
Toca minha pele.
Beija-me a face.
Cheira-me o pescoço...
Esquece-te das faíscas, meu bem?
E ainda me chama de pequena...
Pronto.
Sinto meu coração já diminuto, apertado... Sumir.
Percebo-o fora do meu peito, entre suas mãos.
Porém, posso perfeitamente afirmar, que neste instante
Não sofri.
Senti alivio.
Pois eu soube que ele deixara de me pertencer...
Desde o dia em que te conheci.
Amo-te.