Desabafo...
Os dias são mais negros agora, e o vento gélido é constante. Hoje, gostaria de escrever qualquer coisa que trouxesse ao leitor alegria, quem sabe esperança... Mas, de tudo que há dentre a extensão do infinito imaginário e a terra sob meus pés, o que se sobressai é o sentimento de morbidez, aflorado por questões e o desejo de transitar.
O que mais importuna é não conseguir aderir este conceito de crer apenas na existência da matéria. Quando cremos no espírito, automaticamente cremos na infinidade deste. E para mim, não há nada mais perturbador que a ideia de vida eterna. Seja ela neste campo de batalha, inferno ou algum diviníssimo paraíso.
Por vezes, tento obter por empréstimo essa visão de vida bela e preciosa, para o meu desapontamento e dos que me cercam, pouco dura. E este acaba sendo à todos cujo se destina meu amor, tão certo e imenso.
Espero um dia ver-nos livres, todos nós. Eu, dessa minha misantropia e meus queridos, desse senso comum.