CARPE DIEM

O inexorável escorrer da areia pela ampulheta, vai estreitando os dias de sobrevivência, e faz pensar, não mais no futuro, mas num presente rico e intenso. Muito do que vivo hoje, é fruto do que realizei em tempo ido. Importa agora, só e somente o presente. Planos, só os de curto prazo, mesmo assim, sujeitos a nuvens e trovoadas. O viver intenso deve ser a marca, pois não há um minuto a perder, o que vou permanecer por estas bandas é um tempo muito menor do que já vivi, portanto, deve ser pleno. De um ser verdadeiro, sem hipocrisia, lamentações, falsidades, hesitações, sem noção de ridículo, ou seja, numa boa. Ora, afinal, o fim se aproxima e carregar todas essas malas existenciais, torna-se um fardo sem sentido. O negócio é fazer o que gosto, logicamente, respeitando os princípios do viver em coletividade, respeitando posições e não ferindo suscetibilidades. Viver despojadamente, com dignidade alegre, pois a areia da ampulheta, está fluindo célere e logo será pó. Assim, vou ser ainda mais intensamente marido, pai e avô, intensamente leitor, intensamente e pretensamente poeta. Carpe diem é o que importa!!